segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

A Grande Maçã Zela Por Ti - Tecno-Segunda #40


E se você fosse ligar seu carro e o Apple Watch te impedisse?

Sim, o Apple Watch, com a sua permissão, estava ciente de que você passou as últimas horas no bar, monitorou seu batimento cardíaco e outras informações fisiológicas, e viu as alterações condizentes com excesso de álcool no corpo.

Quando você entrou no seu carro, ele se conectou ao sistema de entretenimento gerido pelo CarKit, compreendeu sua situação e desabilitou o botão de partida. E ao invés disso, você usou seu Apple Watch para chamar um Uber.

Ou então, ao invés de um bar, você está saindo do trabalho. Seu dispositivo se conecta ao sistema de som do carro e, baseado no seu nível elevado de estresse, começa a tocar suas músicas relaxantes favoritas.

Isso já é quase possível.

Pela primeira vez, seremos capazes de combinar dados antes inalcançáveis para mudar como interagimos com o mundo de maneira tão integrada (e medindo a nós mesmos no caminho).

O Apple Watch é onde seus mundos digital, físico e fisiológico começam a se cruzar.

Como isso acontece?

Localização, localização, localização


Tudo começa com a localização. Esses dados foram e continuam sendo o cerne da telefonia celular moderna. Mas unir o GPS, e, mais recentemente, as interações com os iBeacons, a dados coletados passivamente sempre foi o santo graal da tecnologia móvel.

Até pouco tempo atrás, o consumidor médio tinha vários sensores em seus aparelhos: GPS, acelerômetro, medidor de sons e assim por diante. Mas, para a maioria de nós, o smartphone ficava fora de vista, em nossos bolsos ou bolsas. Ele não estava disponível com um gesto do pulso.

Esses sensores, combinados com os comandos do usuário, tornaram os geodados úteis e relevantes. Serviços como o Yelp, o Foursquare, o Google Maps e o Fitbit não existiriam sem ela. Agora, inúmeras outras empresas estão trabalhando em soluções para dentro das lojas que unem dados hiper-locais com o comércio, entre outras coisas.

Como? A resposta é parte da função mais desejada para o Apple Watch. Com base nas pesquisas que realizamos mês passados, constatamos que os usuários querem andar por uma fileira do supermercado e ver sua lista de compras se atualizando dinamicamente. Interações simples como essas são só a ponta do iceberg.

Um Relógio Sensível


Mas o Apple Watch leva os sensores a outro patamar.

Os sensores agora podem medir os dados fisiológicos de uma pessoa, melhorando e complementando outros dados.

O Apple Watch consegue monitorar:

- Os níveis e variações do batimento cardíaco;
- Espasmos, tremedeiras e níveis de agitação em geral;
- Potencialmente, no futuro, pressão sanguínea e níveis de oxigênio.

Diferente do iPhone, o aspecto do Apple Watch de sempre estar com o dono significa que essas informações podem ser monitoradas constantemente e atribuídas à pessoa certa com 100% de certeza.

Enquanto seu iPhone pode ser apropriado pelo seu filho que quer jogar alguma coisa, ou pode ficar esquecido no fundo do seu bolso, o Apple Watch está sempre à mão e é registrado exclusivamente para seu dono.

A Apple ter introduzido esses novos sensores humanos vai permitir que outras empresas e seus consumidores explorem uma área de dados completamente nova.

Do nada, seremos capazes de descobrir o quão estressado você está em uma reunião ou o quão nervoso antes do primeiro encontro.


A ponte para a saúde digital 2.0


AS pessoas já estão usufruindo dos benefícios do Apple Watch como uma ferramenta de monitoramento de saúde melhorada e conectada.

O monitor cardíaco do Apple Watch salvou a vida de um jogador de futebol americano ao detectar os primeiros sinais de um problema renal potencialmente fatal.

O Epiwatch, o primeiro aplicativo do ResearchKit para Apple Watch, é feito para que os usuários epilépticos monitorem suas convulsões e, eventualmente, entendam melhor sua doença. O aplicativo coleta e monitora dados tanto dos sensores do Apple Watch quanto dos comandos manuais antes, durante e depois de convulsões epilépticas.

Redes de dispositivos


O Apple Watch (e o iPhone) também podem interagir com outros dispositivos da Internet das Coisas e com nuvens.

Quanto mais interagirmos e usarmos o Apple Watch de maneiras que podem ser medidas e visualizadas analiticamente, melhores serão nossas ideias sobre o que "realmente está acontecendo".

Sabemos que algumas emoções e estados mentais deixam rastros fisiológicos que o Apple Watch pode medir - pulso acelerado, tempo de resposta maior ou menor, instabilidade.

Ao combinar esses dados fisiológicos com outros do ambiente do usuário, a "inteligência" da informação aumenta. Outros acessórios ou objetos conectados - como monitores de ruído e sons, termômetros, sensores de poluição, detectores de exposição solar, etc. - contribuiriam para uma análise do estado mental ou físico de uma pessoa. O dispositivo, então, poderia alertar o usuário de qualquer comportamento ou estado psicológico anormal.

No futuro próximo, novos aplicativos do Apple Watch oferecerão lembretes gentis para que seus usuários diminuam um pouco o ritmo e até deem um tempo - tudo baseado em um entendimento verdadeiramente holístico do bem-estar de alguém.


Um futuro brilhante


Possibilidades como essas podem melhorar nosso bem-estar de uma forma muito simples. Elas abrem as portas para uma dimensão completamente nova para a inovação.

Sob essa ótica, o Apple Watch é, de fato, o primeiro dispositivo íntimo e pessoal. Ele quer mudar como nós vivemos o cotidiano.

Fonte:TechCrunch

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