terça-feira, 28 de junho de 2016

SKYNET Não Faz Buzinaço - Tecnologia #42


A Google publicou seu mais recente relatório mensal sobre as peripécias de seu carro autônomo, e, ao que parece, ele inclui uma nota curiosa sobre o uso apropriado da buzina. Sob uma seção intitulada "Abaixo a tirania da buzina", os engenheiros responsáveis pelos futurísticos veículos explicam suas tentativas de ensinar aos carros autônomos que eles devem buzinar de maneira educada, e só quando necessário.

"O ato humano de buzinar pode ter um valor artístico performático, mas nossos carros autônomos devem ser educados, compreensivos, e só buzinar quando isso for tornar o trânsito mais seguro para todos," notam eles, para logo depois explicar que o trabalho para melhorar os assim chamados "algoritmos de buzina" é contínuo.

O carro autônomo da Google, falando em termos gerais, está indo muito bem, obrigado. Fora uma colisão incrivelmente lenta com um ônibus, e ter tido que desviar bruscamente de uma mulher que atravessava a rua numa cadeira de rodas e que espantava um pato com uma vassoura, não houve grandes incidentes que pudessem atrapalhar o desenvolvimento do programa.

Conforme diz o relatório, os carros autônomos já dirigiram sozinhos por 2.64 milhões de quilômetros (ou 1.64 milhões de milhas) desde 2009. Funções avançadas vêm sendo incluídas aos poucos, e o alcance dos veículos foi expandido para além do local de testes original, em Mountain View, Califórnia, e passou a incluir Austin (Texas), Phoenix (Arizona) e Kirkland (Estado de Washington).

A mais nova função se refere ao uso autônomo da buzina do veículo, ao qual foi permitido usá-la se seu software visual de 360º julgar que existe uma ameaça confirmada ou potencial que o uso da buzina poderia aliviar. Por exemplo, ele daria um pequeno toque ao sair de ré de um ponto cego.

Inicialmente, os passageiros dentro do carro tomavam notas sobre se os usos da buzina eram, de fato, apropriados, sendo que o som era mantido dentro do veículo. Ou seja, neste estágio, motoristas em outros carros não ouviam os toques do carro da Google, para o caso de ele repentinamente começar a buzinar desenfreadamente e fazer os passageiros rirem ou se irritarem ao ponto de perder o foco.

Uma vez que, aparentemente, a etiqueta de buzina do carro melhorou rapidamente, os engenheiros permitiram que o som fosse transmitido para o mundo exterior. Até agora, não parece ter havido casos de "road rage" ou de usos altamente incorretos da buzina. O carro é até capaz de usar vários tipos de toques, dependendo do que a situação em volta exigir.

Longe do uso frequente dado pelos humanos, que um artigo de 1983 chama de "instrumento de tortura", os carros autônomos da Google dificilmente perderão a mão e começarão a usar a buzina com intenções maliciosas. Ou seja, não só a crescente frota de veículos automatizados será teoricamente capaz de salvar até 35.000 vidas todo ano ao tirar o controle das mãos dos imprudentes humanos, como cada um desses curiosos carrinhos, de quebra, ainda será perfeitamente educados e corteses.

Artigo Original: Google's Self-Driving Car Now Knows When To Honk Its Horn

terça-feira, 8 de março de 2016

Comandante Hamilton, quero ibagens do Corgi! - Terça no Cinema #42

Zootopia teve, no jargão técnico da indústria, um fim de semana de abertura bom pra cacete. O filme ultrapassou o valor estimado de 60 milhões de dólares e foi parar além dos $73 milhões. Junte isso às vendas internacionais e Zootopia tem tudo para se tornar um dos maiores sucessos da Disney. Mas, ao que parece, os espectadores ao redor do mundo não tiveram todos a mesma experiência. Em vários lugares do globo, um personagem foi trocado. Enquanto a versão americana mostrava um alce como âncora de telejornal, outros países viram animais mais típicos de suas regiões.


Enquanto que os norte-americanos e, aparentemente, os franceses viram o alce, houve cinco outros animais ocupando as câmeras em outros países. No Japão foi um tanuki, uma criatura parecida com um guaxinim que quem jogou Super Mario Bros. 3 conhece bem. Na Austrália e Nova Zelândia, por razões óbvias, escolheram um coala. Os chineses viram um panda, o que também faz perfeito sentido. Esses quatro foram reunidos graças ao Twitter de Ryshat's Corner. De acordo com esse internauta, os britânicos viram um corgi e, nós, brasileiros, uma onça-pintada.

Foi uma ótima brincadeira com as outras culturas, e esperamos que haja ainda mais variações no eventual lançamento em DVD. Muito embora os âncoras sejam personagens secundários no filme, que são usados para unir cenas diferentes, eles são um ótimo jeito de ajudar as diferentes nações a se conectarem mais com o filme. Esses animais não aparecem em nenhum outro lugar do filme, com a exceção da onça, então o noticiário é um bom lugar para incluir essa diversidade. Ainda não temos imagens do corgi, mas a onça pôde ser avistada.


A bilheteria atual de Zootopia torna o filme o maior sucesso da história para uma produção da Walt Disney Animation Studios. Se olharmos para o que aberturas menores, como a de Frozen, vieram a se tornar, Zootopia pode estar para se tornar algo parecido, aquele filme da Disney do qual você simplesmente não consegue fugir, por mais que tente. Tomara que você goste mais da Shakira do que da Idina Menzel, pois daqui a pouco, você pode estar ouvindo as duas com a mesma frequência.

Só o tempo dira o quanto Zootopia vai mesmo ser um sucesso de bilheteria. Não é provável que alguns animais localizados mudem o resultado final, mas ainda é uma cerejinha a mais em cima de um ótimo filme.

Fonte: CinemaBlend

segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

O Dobro da Wi-Fi por 10.000x Menos - Tecno-Segunda #41


A Wi-Fi está em todo lugar hoje em dia, nos fornecendo acesso remoto e sem fio à internet sem o risco de ficarmos tropeçando em cabos toda hora. No entanto, ela consome muita energia, e esvazia a bateria dos dispositivos conectados com uma rapidez incrível. Felizmente, uma equipe de engenheiros da Universidade de Washington está vindo para nos salvar: eles demonstraram uma técnica que permite que um sinal Wi-Fi seja gerado gastando 10.000 vezes menos energia que o normal.

Essa nova "Wi-Fi Passiva" também consome 1.000 vezes menos energia que o Bluetooth. Na verdade, comparada aos métodos tradicionais, esta revolucionária tecnologia praticamente não usa energia nenhuma. Apesar de, atualmente, só transmitir dados a, no máximo, 11 megabits por segundo - bem menos que as Wi-Fis mais rápidas - ela ainda consegue ser 11 vezes mais rápida que o Bluetooth.

Essa prova de conceito se baseia em uma técnica chamada de "backscattering de Wi-Fi", através do qual o sinal transmitido entre um roteador sem fio e qualquer dispositivo receptor pode ser manipulado. Pesquisas anteriores na UW demonstraram que equipamentos de baixa energia podem ser usados para refletir e "distorcer" o sinal, codificando-o enquanto ele é transmitido. Daí, o dispositivo conectado receberia essas novas distorções como dados novos.

A Wi-Fi Passiva é uma evolução dessa técnica. Primeiro, uma conexão com a internet é feita com um único roteador conectado, que envia um sinal de Wi-Fi, como costuma ser feito. Então, uma rede de sensores remotos Passivos refletem e absorvem esse sinal, criando múltiplos canais de dados que podem ser "quicados" para vários aparelhos receptores.

Tradicionalmente, todos esses dispositivos estariam conectados ao roteador, o que causaria um gasto muito grande de energia. Com a Wi-Fi Passiva, quase toda a energia é usada pelo roteador para gerar o sinal inicial; tudo que os sensores fazem é enviar e receber o sinal, coisa que praticamente não requer energia.


"Nossos sensores podem se comunicar com qualquer roteador, tablet ou outro aparelho eletrônico com um chipset para Wi-Fi," disse Bryce Kellogg, doutorando em Engenharia Elétrica na UW e co-autor da pesquisa. "O mais legal é que todos esses dispositivos podem decodificar os pacotes de Wi-Fi que criamos com as reflexões, então não é necessário usar equipamento especializado."

Esse sistema de Wi-Fi de baixa energia significa que dispositivos de todos os tamanhos e formas podem ser conectados à internet por períodos longos de tempo, com um custo energético desprezível. Um futuro cheio de aparelhos interconectados e, essencialmente, sem necessidade de energia é parte do conceito chamado de "Internet das Coisas." Imagine uma série de sensores que detectam mudanças de luz, calor, movimento, barulho ou qualidade do ar, para depois transmitir esses dados para outros aparelhos dentro da casa sem ter sua energia drenada pela Wi-Fi.

Alguns desses sensores já praticamente não precisam de alimentação. Um minúsculo sensor de temperatura que foi inventado ano passado se alimenta das ondas de rádio enviadas da rede Wi-Fi que ele usa para enviar suas informações. A combinação disso com a Wi-Fi Passiva pode levar a uma nova geração de redes de comunicação de baixíssima energia.

Fonte: IFLScience

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

Erro 404 - Trocadilho Não Encontrado - Receitas de Sexta #34


Salsa de Abacate




2 tomates
1 abacate maduro
1/4 de xícara de cebola vermelha picada fino
1 dente de alho picado
1 colher de sopa de salsinha picada
1 colher de sopa de orégano
1 colher de sopa de azeite
1 colher de sopa de vinagre de vinho tinto ou branco
115g de queijo feta picado

- Misture, gentilmente, os tomates, o abacate, a cebola e o alho.
- Adicione a salsinha e o orégano
- Misture gentilmente, adicionando o azeite e o vinagre.
- Adicione o queijo e misture.
- Leve à geladeira por 2 a 6 horas.
- Sirva com Doritos ou pão sírio.

Peito de Frango Recheado (à Parmegiana)



1/2 xícara de mussarela ralada
1/2 xícara de provolone ralado
1 xícara de parmesão ralado
1 dente de alho picado
1 colher de chá de manjericão
1 colher de chá de orégano
1/² xícara de farinha de rosca de pão italiano
4 pedaços de peito de frango sem osso
1 ovo, bem batido
1 xícara de molho de tomate
Mais dos queijos acima, a gosto.

- Aqueça o forno a 175ºC
- Misture o provolone, mussarela e 1/2 xícara de parmesão com o alho, manjericão e orégano.
- Em outro recipiente, misture a farinha de pão e o resto do parmesão.
- Faça um corte horizontal pelo meio de cada peça de peito, até alguns centímetros antes do outro lado.
- Abra as peças como um livro e bata a carne levemente para alisá-la.
- Recheie as peças com a mistura de queijo e feche a peça.
- Pincele o ovo pelo lado de fora de cada peça e cubra com a mistura de farinha, apertando contra a carne para grudar.
- Disponha as peças em uma assadeira e leve ao forno por 45 minutos.
- Cubra o frango com o molho de tomate e os queijos a gosto. Retorne ao forno até o molho borbulhar e o queijo derreter.

Bolo Marmorizado de Banana com Chocolate



1 xícara de farinha de trigo
1 xícara de farinha integral
3/4 de colher de chá de fermento em pó
1/4 de colher de chá de sal
1 xícara de açúcar
1/2 xícara de molho de maçã
2 bananas maduras, amassadas
2 ovos
1/2 xícara de lascas de chocolate meio amargo

- Aqueça o forno a 180ºC
- Misture as farinhas, o fermento e o sal.
- Misture o açúcar e o molho de maçã em uma batedeira e bata em velocidade média por um minuto.
- Adicione a banana e os ovos e bata até misturar.
- Adicione a mistura de farinha e bata em baixa velocidade até ficar uma massa úmida.
- Leve as lascas de chocolate ao microondas em um refratário adequado e aqueça-as na potência alta por um minuto, ou até estar quase derretido. Mexa para homogeneizar e deixe esfriar levemente.
- Adicione uma xícara de massa ao chocolate e misture bem.
- Encha uma assadeira untada colocando, alternadamente, massa de chocolate e massa normal. Faça espirais entre as duas massas com uma faca.
- Leve ao forno por 1 hora e 15 minutos, ou até se espetar um palito na massa e ele sair limpo.
- Deixe esfriar por dez minutos antes de desenformar e deixar esfriar por completo.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

Errar é Humano, Persistir no Erro É Virar Zumbi - Terça no Cine... TV #42


A estréia do midseason do sucesso da AMC, The Walking Dead, estava recheada de momentos chocantes. Para começar, o pequeno Sam (Major Dodson) e sua mãe foram devorados (a série já teve várias crianças morrendo, mas isso não torna o quadro menos perturbador)

Então, no momento em que o irmão mais velho de Sam estava para atirar em Carl (Chandler Riggs) e Rick (Andrew Lincoln), ele foi estripado por Michonne (Danai Gurira) - e, por reflexo, disparou uma bala que atingiu Carl no olho.

E mesmo assim, o momento mais inesperado e impactante foi quando Rick, destruído, disse "Eu estava errado."

O cara com o pensamento tão rígido que teve sua liderança do grupo apelidada pelos fãs de "Ricktadura"? Chorando e balbuciando que estava errado?

É bom saber que, mesmo com seis temporadas nas costas, "The Walking Dead" ainda consegue nos surpreender. E já que já vimos incontáveis ataques de zumbis e traições humanas até agora, essa surpresa tinha mesmo que vir de um personagem fazendo algo inesperado.

A Carol de Melissa McBride é, de fato, o personagem que sofreu a mudança mais radical - a atual guerreira feroz tem pouco em comum com a tímida esposa que costumava apanhar do marido - mas essa evolução demorou várias temporadas. A mudança de Rick no último domingo à noite foi radical e potencialmente revolucionário, em se tratando dos rumos que a série vai tomar.

Sua frase fechou um episódio particularmente violento, composto principalmente pelo esforço final dos vivos contra o enxame de mortos que tomou Alexandria. Nosso grupo estava lutando como sempre, mas junto deles estavam pessoas para quem Rick costumava olhar com desdém e chamar de perdedores fracotes: Eugene (Josh Mc Dermitt), o nerd estereotipado e os Alexandrinos, que outrora foram ridicularizados por seu comportamento idealista e alienado.

"É possível," diz Rick para seu filho desmaiado, falando de reconstruir uma comunidade. "É tudo possível. Agora eu vejo isso. Eu quero mostrar o novo mundo para você, Carl. Eu quero torná-lo real para você."

Com toda a certeza, Negan - o grande vilão que deve aparecer no final da temporada - vai ter algo a dizer sobre isso.

Fonte: NYPost

sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

Frango no Abacate, Sueco na Churrasqueira e Bebês no Forno - Receitas de Sexta #34

Frango Temperado com Abacate


500g de frango, cozido e desfiado
1 colher de chá de coentro picado
1/2 colher de chá de chilli em pó, ou a gosto
3 abacates cortados ao meio e sem caroço
1 colher de chá de suco de limão, ou a gosto.

- Misture o frango, o coentro e o chilli em pó
- Disponha as metades de abacate em uma travessa e regue com o suco de limão.
- Cubra com a mistura de frango.

Lombo de Porco Curado Sueco


1,8kg de lombo de porco
3 colheres de sopa de açúcar
2 colheres de sopa de sal
1 colher de chá de cominho em pó
1/2 colher de sopa de cardamomo em pó

- Lave bem a carne e seque com papel-toalha.
- Coloque a peça em um refratário de vidro de tamanho adequado.
- Misture o resto dos ingredientes em um recipiente separado e tempere bem a peça inteira.
- Cubra e leve à geladeira por entre 24 e 36 horas.
- Acenda a churrasqueira concentrando o carvão em apenas um dos lados da grelha.
- Sobre o carvão em brasa, coloque uma panela com água, para umedecer o ambiente.
- Pincele a grelha com azeite.
- Retire a carne da geladeira e descarte qualquer líquido que esteja no refratário.
- Lave bem a peça e seque-a novamente.
- Coloque a carne na grelha (do lado oposto ao carvão) e deixe cozinhar por aproximadamente uma hora.

Bebês Holandeses


2 ovos
1/2 xícara de leite
1/2 xícara de farinha de trigo peneirada
1 pitada de noz-moscada em pó
1 pitada de sal
2 colheres de sopa de manteiga
2 colheres de sopa de açúcar de confeiteiro

- Coloque uma frigideira de metal grande dentro do forno e acenda-o a 245ºC
- Bata os ovos até misturar completamente. Adicione o leite, bata mais um pouco e gradualmente adicione a farinha, a noz-moscada e o sal.
- Retire a frigideira do forno e abaixe a temperatura para 220ºC.
- Derreta a manteiga na frigideira até untar completamente.
- Despeje toda a massa dentro da frigideira e leve-a de volta ao forno.
- Deixe assar até crescer e estar levemente dourada, cerca de 12 minutos.
- Retire rapidamente e polvilhe com açúcar de confeiteiro.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Sem Piadinhas Com Fanservice - Quinta Jogando #39


O que a Sony e a Microsoft têm em comum, mas a Nintendo não? E, por favor, não digam "um console de sucesso". Vamos esclarecer incluindo a EA na lista. Entenderam agora? Todos esses três têm serviços por assinatura, e a Nintendo não.

Isso deveria estar acontecendo, mas não está. A Nintendo precisa oferecer aos donos de Wii U e 3DS algo especial e único. Ela deveria oferecer um acesso por assinatura ao Virtual Console. Sabe, como se fosse a PlayStation Plus, a Games with Gold e o EA Access, só que com jogos do Virtual Console do Wii U e 3DS.

Parem pra pensar como isso seria incrível. Um dos maiores legados da Nintendo é o seu catálogo de jogos clássicos. Todos aqueles jogos maravilhosos de NES, SNES, N64, GameCube, Game Boy, Game Boy Color, Game Boy Advance e DS esperando sua vez chegar. Devagar e sempre, eles estão entrando nos Virtual Consoles do Wii U e do 3DS. Imaginem que ótimo seria pagar, digamos, US$6 por mês e ter acesso a alguns games por mês ou poder escolher de uma determinada lista, desde que estivesse pagando a assinatura. Seria glorioso.

E ainda por cima, serviria para dar uma sacudida na Nintendo. Sejamos honestos, os Virtual Consoles do Wii U e do 3DS atualmente levam dez a zero do que as pessoas tinham acesso no Wii. Ainda nem vimos jogos de Game Boy Advance no 3DS, muito embora existam alguns títulos que foram dados aos aderentes do programa Ambassador. Se um serviço por assinatura existisse, a Nintendo teria um incentivo para disponibilizar mais do seu catálogo clássico digitalmente.


Isso seria benéfico tanto para os potenciais assinantes de um serviço do Virtual Console quanto para os consumidores normais. Mesmo que as pessoas não fizessem a assinatura, os jogos poderiam ser comprados separadamente. Nossas coleções aumentariam e tornariam os sistemas mais atraentes. É provável que houvessem mais assinantes do que compradores isolados, devido aos preos atuais dos jogos do Virtual Console. Mas, mesmo assim, seria um empreendimento lucrativo.

O Virtual Console é um dos maiores ativos da Nintendo. A empresa precisa perceber e se aproveitar dessa oportunidade. Poderia ser um grande mercado, e um serviço por assinatura faria com que as pessoas visitassem a eShop com regularidade para saborear fantásticos jogos retrô e garantir que a Nintendo continuasse a produzir um fluxo constante de jogos clássicos para seus consoles atuais.

Fonte: CheatCC

quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

#occupypripoteca - Quarta Científica #40


Os sons humanos transmitem emoções de maneira mais clara e mais rápida do que as palavras. O Cérebro prefere usar sistemas/estruturas "mais velhos" para processar emoções expressas por vocalizações.

Demora apenas um décimo de segundo para nossos cérebros começarem a reconhecer emoções externadas por vocalizações, de acordo com pesquisadores da Universidade McGill. Sejam elas grunhidos de raiva, risos felizes ou choros de tristeza, não faz diferença. E, mais importante ainda, os pesquisadores também descobriram que nós prestamos mais atenção em emoções (tal como felicidade, tristeza ou raiva) transmitidas por vocalizações do que nas transmitidas por palavras.

Os pesquisadores acreditam que a velocidade com a qual o cérebro "rotula" essas vocalizações e a preferência dada a elas sobre a linguagem, se deve ao papel potencialmente crucial que a decodificação de sons vocais teve na sobrevivência humana.

"A identificação de vocalizações emotivas depende de sistemas no cérebro que são, em termos evolucionários, mais antigos," diz Marc Pell, Diretor da Escola McGill de Ciências e Distúrbios de Comunicação e autor-chefe do estudo recentemente publicado na revista Biological Psychology. "Por outro lado, compreender emoções expressas em linguagem falada requer sistemas cerebrais mais recentes, que evoluíram junto com a linguagem humana."

Sobre grunhidos e frases sem sentido


Os pesquisadores estavam interessados em descobrir se o cérebro responderia de forma diferente a emoções expressas por vocalizações (sons como grunhidos, risos ou soluços, sem o emprego de palavras) e por linguagem falada. Eles se focaram em três emoções básicas, raiva, tristeza e felicidade e testaram 24 participantes tocando uma mistura aleatória de vocalizações e frases sem sentido, por exemplo "os valitres entraram na pripoteca", ditas com intenções emocionais diferentes. (Os pesquisadores usaram frases sem sentido para evitar traços linguísticos que denotassem emoções.) Eles pediram que os participantes identificassem quais emoções os interlocutores estavam tentando comunicar e usaram uma máquina de eletroencefalograma para gravar como o cérebro respondia e a que velocidade na medida que os participantes ouviam os diferentes tipos de sons emotivos.

Eles foram capazes de medir:


1- a resposta do cérebro, com precisão de milissegundos, a emoções vocalizadas em comparação à linguagem falada;

2- se certas emoções são reconhecidas com mais rapidez do que outras e produzem respostas cerebrais maiores; e

3 - se pessoas que se sentem ansiosas possuem uma sensibilidade maior a vozes emocionadas, com base na intensidade da resposta do cérebro.

A raiva deixa rastros maiores -- especialmente em pessoas ansiosas


Os pesquisadores descobriram que os participantes foram capazes de detectar vocalizações de felicidade (riso) com uma rapidez maior do que os sons que transmitiam raiva ou tristeza. Mas, curiosamente, também foi descoberto que sons e frases raivosos produziram uma atividade cerebral que durou mais do que as outras duas, o que sugere que o cérebro presta mais atenção a sinais de raiva.

"Nossos dados indicam que os espectadores monitoram vozes irritadas por mais tempo, independente da forma em que elas estejam, para entender a existência de eventos potencialmente prejudiciais," disse Pell.

Os pesquisadores também descobriram que indivíduos mais ansiosos respondem a vozes emotivas em geral com maior rapidez e intensidade do que pessoas menos ansiosas.

"Vocalizações aparentemente possuem a vantagem de transmitir informação de maneira mais imediata do que a fala," diz Pell. "Nossas descobertas são consistentes com estudos feitos em primatas não-humanos que sugerem que o sistema neural prefere vocalizações próprias de uma espécie contra outros sons."

Fonte: ScienceDaily

segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

A Grande Maçã Zela Por Ti - Tecno-Segunda #40


E se você fosse ligar seu carro e o Apple Watch te impedisse?

Sim, o Apple Watch, com a sua permissão, estava ciente de que você passou as últimas horas no bar, monitorou seu batimento cardíaco e outras informações fisiológicas, e viu as alterações condizentes com excesso de álcool no corpo.

Quando você entrou no seu carro, ele se conectou ao sistema de entretenimento gerido pelo CarKit, compreendeu sua situação e desabilitou o botão de partida. E ao invés disso, você usou seu Apple Watch para chamar um Uber.

Ou então, ao invés de um bar, você está saindo do trabalho. Seu dispositivo se conecta ao sistema de som do carro e, baseado no seu nível elevado de estresse, começa a tocar suas músicas relaxantes favoritas.

Isso já é quase possível.

Pela primeira vez, seremos capazes de combinar dados antes inalcançáveis para mudar como interagimos com o mundo de maneira tão integrada (e medindo a nós mesmos no caminho).

O Apple Watch é onde seus mundos digital, físico e fisiológico começam a se cruzar.

Como isso acontece?

Localização, localização, localização


Tudo começa com a localização. Esses dados foram e continuam sendo o cerne da telefonia celular moderna. Mas unir o GPS, e, mais recentemente, as interações com os iBeacons, a dados coletados passivamente sempre foi o santo graal da tecnologia móvel.

Até pouco tempo atrás, o consumidor médio tinha vários sensores em seus aparelhos: GPS, acelerômetro, medidor de sons e assim por diante. Mas, para a maioria de nós, o smartphone ficava fora de vista, em nossos bolsos ou bolsas. Ele não estava disponível com um gesto do pulso.

Esses sensores, combinados com os comandos do usuário, tornaram os geodados úteis e relevantes. Serviços como o Yelp, o Foursquare, o Google Maps e o Fitbit não existiriam sem ela. Agora, inúmeras outras empresas estão trabalhando em soluções para dentro das lojas que unem dados hiper-locais com o comércio, entre outras coisas.

Como? A resposta é parte da função mais desejada para o Apple Watch. Com base nas pesquisas que realizamos mês passados, constatamos que os usuários querem andar por uma fileira do supermercado e ver sua lista de compras se atualizando dinamicamente. Interações simples como essas são só a ponta do iceberg.

Um Relógio Sensível


Mas o Apple Watch leva os sensores a outro patamar.

Os sensores agora podem medir os dados fisiológicos de uma pessoa, melhorando e complementando outros dados.

O Apple Watch consegue monitorar:

- Os níveis e variações do batimento cardíaco;
- Espasmos, tremedeiras e níveis de agitação em geral;
- Potencialmente, no futuro, pressão sanguínea e níveis de oxigênio.

Diferente do iPhone, o aspecto do Apple Watch de sempre estar com o dono significa que essas informações podem ser monitoradas constantemente e atribuídas à pessoa certa com 100% de certeza.

Enquanto seu iPhone pode ser apropriado pelo seu filho que quer jogar alguma coisa, ou pode ficar esquecido no fundo do seu bolso, o Apple Watch está sempre à mão e é registrado exclusivamente para seu dono.

A Apple ter introduzido esses novos sensores humanos vai permitir que outras empresas e seus consumidores explorem uma área de dados completamente nova.

Do nada, seremos capazes de descobrir o quão estressado você está em uma reunião ou o quão nervoso antes do primeiro encontro.


A ponte para a saúde digital 2.0


AS pessoas já estão usufruindo dos benefícios do Apple Watch como uma ferramenta de monitoramento de saúde melhorada e conectada.

O monitor cardíaco do Apple Watch salvou a vida de um jogador de futebol americano ao detectar os primeiros sinais de um problema renal potencialmente fatal.

O Epiwatch, o primeiro aplicativo do ResearchKit para Apple Watch, é feito para que os usuários epilépticos monitorem suas convulsões e, eventualmente, entendam melhor sua doença. O aplicativo coleta e monitora dados tanto dos sensores do Apple Watch quanto dos comandos manuais antes, durante e depois de convulsões epilépticas.

Redes de dispositivos


O Apple Watch (e o iPhone) também podem interagir com outros dispositivos da Internet das Coisas e com nuvens.

Quanto mais interagirmos e usarmos o Apple Watch de maneiras que podem ser medidas e visualizadas analiticamente, melhores serão nossas ideias sobre o que "realmente está acontecendo".

Sabemos que algumas emoções e estados mentais deixam rastros fisiológicos que o Apple Watch pode medir - pulso acelerado, tempo de resposta maior ou menor, instabilidade.

Ao combinar esses dados fisiológicos com outros do ambiente do usuário, a "inteligência" da informação aumenta. Outros acessórios ou objetos conectados - como monitores de ruído e sons, termômetros, sensores de poluição, detectores de exposição solar, etc. - contribuiriam para uma análise do estado mental ou físico de uma pessoa. O dispositivo, então, poderia alertar o usuário de qualquer comportamento ou estado psicológico anormal.

No futuro próximo, novos aplicativos do Apple Watch oferecerão lembretes gentis para que seus usuários diminuam um pouco o ritmo e até deem um tempo - tudo baseado em um entendimento verdadeiramente holístico do bem-estar de alguém.


Um futuro brilhante


Possibilidades como essas podem melhorar nosso bem-estar de uma forma muito simples. Elas abrem as portas para uma dimensão completamente nova para a inovação.

Sob essa ótica, o Apple Watch é, de fato, o primeiro dispositivo íntimo e pessoal. Ele quer mudar como nós vivemos o cotidiano.

Fonte:TechCrunch