quinta-feira, 19 de março de 2015

Zelda Crush, Clash of Marios e Pokémon City. Oh Deus - Quinta Jogando #6

Créditos da Imagem: Oficina da Net


O furo de reportagem que tomou conta da internet recentemente é o monumental acordo que a Nintendo fez com a DeNA, que você deve conhecer como o pessoal que fez o Mobage. Os grandes nomes da Nintendo vão começar a aparecer em smartphones e tablets, porque eles finalmente descobriram que tem muito dinheiro rolando lá. Parece ser uma parceria que vai trazer muita coisa boa para todo mundo que cresceu apaixonado pelos jogos da Nintendo velha de guerra, mas eu me pergunto se não é caso de desconfiar da esmola do santo.

Claro, ter mais jogos é sempre bom, ainda mais se forem títulos novos de personagens e franquias icônicas. Isso é demais. O problema é o tipo de jogo que pode acabar saindo dessa parceria da Nintendo com a DeNA. Podemos vero renascimento de nomes consagrados, mas também há a chance de que as coisas acabem não indo tão bem.

É só olhar para o recente Pokémon Shuffle. Eu adoro o jogo, como já disse antes. Eu acho que tem muito potencial, apesar dos elementos de free-to-play. Entretanto, ele depende muito de práticas que tornam a fórmula Pokémon Trozei um pouco menos interessante. A promoção mais recente em especial, onde só os 20.000 mais bem colocados ganhariam Lucarionite depois de uma batalha de evento, deixa gente de pé atrás. Ela mostra que um jogo gratuito da Nintendo pode ser divertido, coisa e tal, mas também está sujeito a decisões duvidosas.



A ficha corrida da DeNA também gera alguma preocupação. Eles têm uma porrada de jogos gratuitos que variam entre "regular" e "bonzinho". Só que todos eles têm os infames obstáculos de jogos gratuitos, o que pode tornar a experiência chata e apelativa. Eles até podem até lançar bons jogos, mas inevitavelmente vai aparecer uma máquina de cartão de crédito. Eles também vão entrar na categoria de "Pior Pesadelo de um Pai", já que algumas dessas compras internas podem passar de R$50,00.

E ainda por cima, houve o anúncio que a DeNA vai criar um serviço que roda não só em Android e iOS, mas também no 3DS, Wii U e PC. Se o objetivo dessa parceria fosse só levar jogos para as plataformas móveis, não haveria necessidade de outros consoles. Jogos gratuitos já apareceram no 3DS antes, com títulos como Steel Diver: Sub Wars e Rusty's Real Deal Baseball, mas ambos souberam o que fazer. Do jeito que está o Pokémon Shuffle e os outros jogos da DeNA, não dá para não se perguntar se títulos futuros vão oferecer microtransações do jeito certo.

E isso pode ter outro efeito colateral broxante. Todos sabemos muito bem como um jogo ruim pode manchar o nome de uma franquia. Final Fantasy, por exemplo. Eu conheço duas pessoas que juraram nunca mais jogar por causa da pataquada que foi a trilogia Final Fantasy XIII. É fácil estragar um jogo se ele não for feito com amor e carinho. Picross é um dos melhores jogos de puzzle da eShop do 3DS, mas imagine o quão irritante e desencorajador seria ter que pagar valores estapafúrdios por novas fases ou ter um número de partidas limitadas por um sistema de "vidas".

Agora não tem mais volta. Vai ser um bom negócio para a Nintendo. Eles com certeza vão ganhar dinheiro, mesmo se os jogos forem Candy Crush'es da vida, porque as pessoas não vão resistir a novos jogos de suas franquias favoritas. Só nos resta rezar que essa nova parceria com a DeNA seja feita direito, porque essa situação vai acabar muito, muito bem ou muito, muito mal. Oremos.

Fonte: CheatCC.com

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