quinta-feira, 28 de maio de 2015

Explorar Uma Casa Mal-Assombrada Como Uma Cega. Isso Ou É a Melhor Ou a Pior Ideia De Todos os Tempos - Quinta Jogando #15

Tem algo estranho na casa em Echo Bluff. Depois de meses vendo o lugar em persistentes visões, Cassie Thornton finalmente encontrou o lugar de verdade, de frente para o Atlântico em Gloucester, Massachusetts. E agora, ela está aproveitando a chance de explorá-lo, apesar de ser cega.

Essa é a descrição de Perception em sua página do Kickstarter, do estúdio The Deep End Games. Ele é formado quase que completamente por desenvolvedores que participaram da criação de Bioshock e Bioshock Infinite, incluindo Bill Gardner, fundador do novo estúdio. Ele foi diretor de design no Bioshock original e desenhista-chefe em Infinite, títulos muito elogiados pela crítica na qualidade de suas histórias. Mas, com Perception, Gardner quer mudar o conceito de se jogar jogos de horror.


Na data da publicação deste artigo, a Deep End está com uma campanha no Kickstarter para financiar Perception. O lançamento inicial será para PC, com versões de PlayStation 4 e Xbox One como metas adicionais.

"De um certo modo, o jogo é uma continuação do que eu fiz na Irrational," disse Gardner à IGN "Faz parte do que eu aprendi lá. Mas ele também tem a nossa visão. Se sentir em desvantagem é importante no gênero de horror, e sendo cega, Cassie traz novos jeitos de trabalhar com essa equação."

No entanto, a protagonista de Perception não está completamente desarmada. Como o Demolidor da Marvel, Cassie pode mapear o ambiente usando ecolocalização. Assim, enquanto os jogadores exploram a melancólica casa em Gloucester, eles podem bater a bengala de Cassie no chão ou ouvir barulhos distantes vindos de outros cômodos da solitária propriedade. O resultado é um ambiente completamente escuro banhado por etéreas ondas azuis.

Essa quase-visão é muito importante porque, como em toda boa história de horror, tem algo sinistro oculto em cada segundo do jogo. Echo Bluff é uma casa antiga, construída em uma das regiões mais antigas dos Estados Unidos, e incontáveis pessoas moraram lá. As visões de Cassie a levam para a propriedade em várias épocas, então tudo, desde a decoração até a estrutura da casa podem mudar. Esse tipo de viagem no tempo gera um novo mistério para o jogador cada vez que eles entram pela porta.

Mas existe algo constante no interior da velha propriedade. A Deep End batizou-a de A Presença. E o nome faz sentido, porque conforme Cassie passeia por cada versão temporal de Echo Bluff, essa criatura está sempre lá, à espreita, indo contra ela e suas investigações. Suas nuvens de mariposas e falatórios esquizofrênicos podem ser ouvidos nos andares inferiores ou atrás de portas escuras, sempre esperando para atacar.


"A Presença tem um grande papel no resultado que estamos buscando" disse Gardner. "Você está vendo fantasmas, encontrando registros de áudio e nós estamos usando o mise en scene para te ajudar a entender o que aconteceu na casa ao long dos anos. Mas, através d'A Presença, existe essa ameaça persistente que está sempre em algum canto da sua mente. Ela ajuda a juntar o gameplay e a narrativa."

Por mais que a Deep End queira te assustar com os cantos escuros dessa misteriosa casa, eles também querem contar uma boa história. Amanda Gardner, escritora de fantasia urbana e esposa de Bill Gardner, está escrevendo a história que se desenrola ao redor de Cassie. Do mesmo jeito que Bioshock e Gone Home, outro jogo que inspirou esse primeiro título da Deep End, a história de Amanda vai colocar os jogadores no centro de uma narrativa e deixar que eles descubram a história sozinhos.


Mas, ainda assim, a Deep End ainda quer te assustar. Como disse Stephen King, o terror "é quando as luzes se apagam e você sente algo atrás de você. você o escuta, sente a respiração em sua orelha, mas quando você se vira, não tem nada lá."

Em Perception, pode ser que tenha mesmo alguma coisa lá.

Fonte: IGN

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