segunda-feira, 18 de maio de 2015

Que Conste Nos Autos O Meu Esforço Para Não Fazer Piadas Com Japoneses - Tecno-Segunda #14


Essa invenção vai te deixar de cabeça mole: um braço robótico, criado para revolucionar procedimentos de laparoscopia, que é baseado nos tentáculos de um polvo. [Entenderam? Polvos são moles. Porque não tem ossos. Haha... ha... ha... tá, parei.]

A maioria dos braços robóticos usados em cirurgias consegue usar só sua ponta para manipular órgãos durante o procedimento. Esse octo-cirurgião, por outro lado, dá uma mão a mais na mesa de operação: ele pode manipular instrumentos cirúrgicos e deslizar ao redor dos órgãos como um polvo de verdade.

Ainda é algo muito novo, mas o Dr. Tommaso Ranzani, que chefiou o estudo, diz: "Acreditamos que o nosso robô é o primeiro passo para a criação de um instrumento que seja capaz de realizar todas essas tarefas, e ainda alcançar áreas remotas do corpo e apoiar os órgãos em volta do local da cirurgia, especialmente em tecidos de difícil acesso."

O desenho atual têm dois módulos contendo uma substância surpreendentemente deliciosa: pó de café. Quando se retira o ar do tubo, o pó de café se aglomera e fica rígido. Esse processo, conhecido como "compactação de material granular", controla o movimento do robô e trava o braço em uma posição quando necessário.

O braço pode se dobrar a ângulos de até 225º em quase todas as direções, se esticar 62% além de seu comprimento normal, enturecer e apertar.

O Dr. Ranzani disse na coletiva de imprensa: "O corpo humano é um ambiente muito desafiador e sem estrutura previsível, onde as capacidades de um polvo podem ter várias vantagens em relação aos equipamentos cirúrgicos tradicionais."

"Em geral, polvos não têm estruturas rígidas, portanto podem adaptar a forma do corpo ao ambiente," complementa Ranzani. "Graças à ausência de um esqueleto rígido, seus oito braços altamente flexíveis podem se retorcer, mudar de tamanho ou se dobrar em qualquer direção a partir de qualquer ponto na estrutura."

O mecanismo foi testado não com órgãos reais, mas com balões de água extremamente técnicos. Ainda é cedo para esse robô, mas um dia poderemos vê-lo vencendo uma verdadeira pista de obstáculos orgânica nas mesas de cirurgia.

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Fonte: IFLScience

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