segunda-feira, 20 de julho de 2015

Iluminatis Pesquisam Implantes de Controle Mental... quer dizer... Possível Revolução no Tratamento de Males Neurológicos - Tecno-Segunda #23


Sendo a central de comando do corpo, é muito importante que o cérebro seja protegido do perigo. Um desses mecanismos de proteção é a barreira hematoencefálica, um filtro extremamente seletivo que age isolando substâncias potencialmente tóxicas e preservando os delicados tecidos e o balanceamento químico do cérebro. Mas, sendo essa barreira tão boa no que faz, torna-se muito difícil administrar terapias caso algo dê errado dentro do crânio.

Por causa disso, os cientistas vêm se dedicando a criar meios de driblar esse problema, e uma equipe parece ter criado uma possibilidade muito interessante: um aparelho minúsculo, da espessura de um fio de cabelo e carregado de medicamentos, que pode ser implantado no cérebro para realizar tratamentos precisos. E já que o sistema foi criado para ser wireless, ele pode ser ativado por controle remoto, aumentando ainda mais a precisão.

"Agora, literalmente, podemos realizar uma terapia farmacológica apertando um botão," disse o co-autor Jordan McCall da Faculdade de Medicina da Universidade de Washington. "Nós criamos o aparelho para usar tecnologia de infravermelho, quase como um controle remoto de TV."

Para realizar a pesquisa, que foi publicada na revista Cell, os cientistas começaram criando um aparelho extremamente fino com quatro câmaras para transportar os fármacos e bombas microscópicas para administrá-los. Feito de materiais macios e maleáveis, o aparelho foi criado para não danificar o delicado tecido cerebral nem gerar respostas inflamatórias após a implantação mas, ao mesmo tempo, ser durável o bastante para funcionar por um período prolongado.

Para testar a invenção, os pesquisadores a inseriram na região do cérebro de um camundongo responsável pelo controle motor e induziram, remotamente, a liberação de um estimulante neuronal, que fez os animais correrem em círculos.

O próximo passo da investigação foi combiná-la com uma técnica chamada "optogenética". Como o nome sugere, ela combina genética com luz. Ou, mais especificamente, consiste em alterar um grupo de células específicas para que elas produzam uma proteína sensível a luz que pode ser estimulada ou inibida com luz de um certo comprimento de onda.

Aplicando esse processo a células produtoras de dopamina, os pesquisadores foram capazes de usar luz para induzir a liberação desse neurotransmissor do prazer quando os camundongos entravam em áreas específicas de um labirinto. Por causa disso, em testes subsequentes, mesmo sem estímulos, os animais escolhiam voltar aos mesmos lugares, atrás de mais uma dose de recompensa. Mas, quando o dispositivo dos pesquisadores foi usado para administrar um medicamento que impede a ação da dopamina, eles conseguiram, com sucesso, interferir com a fissura luminosa das cobaias.

"No futuro, deve ser possível criar drogas terapêuticas  ativadas por luz," disse o co-investigador principal Micheal Bruchas. "Com um desses pequenos dispositivos implantados, poderíamos administrar um medicamento a uma região específica do cérebro e ativá-lo com luz conforme necessário. Esse método poderia gerar tratamentos muito mais localizados e com menos efeitos colaterais."

O objetivo final dos pesquisadores é influenciar os circuitos neurais ligados à dor, epilepsia ou até mesmo depressão, mas por enquanto, usár sua invenção em cobaias animais pode aumentar nosso conhecimento das ligações entre as funções do cérebro e os padrões de comportamento.

Fonte: IFLScience

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