segunda-feira, 23 de novembro de 2015
Flores de Plástico Com Aroma Natural de Rosas - Tecno-Segunda #37
Uma equipe de cientistas da Universidade Linköping na Suécia desenvolveram a primeira planta eletricamente melhorada, criando circuitos tanto analógicos quanto digitais dentro de uma rosa viva. Essa tecnologia pode permitir que os cientistas controlem o crescimento e os processos químicos das plantas, bem como usar a fotossíntese para criar novas células solares.
O grupo sueco introduziu um polímero dentro do sistema natural de vasos e nas folhas da flor, e demonstraram que é possível criar componentes elétricos parecidos com fios, transistores e até elementos de exibição.
A equipe usou um polímero altamente condutor, chamado PEDOT-S, para formar fios dentro do interior do xilema, o tecido que transporta água pela planta. Os fios foram montados através da exposição de rosas podadas a uma solução do polímero, que se espalhou uniformemente pela planta, cobrindo o xilema e formando estruturas condutoras maiores que cinco centímetros. Já que o polímero não preencheu o xilema completamente, a capacidade da planta de transportar água e nutrientes não foi prejudicada.
A seiva vegetal é cheia de íons (moléculas com carga) que são usados pelas plantas para regular o crescimento e transportar energia. Usando os fios e a seiva, eles foram capazes de criar um transistor eletroquímico, transformando os sinais iônicos em informação eletrônica. Esses transistores se comportaram quase da mesma forma que os que se encontra em computadores e telefones.
Os cientistas também infundiram as folhas da planta com um polímero diferente, outro membro da família PEDOT, que criou "píxels" nos veios da rosa. Ao mandar sinais eletroquímicos através dos veios, eles foram capazes de ativar esses píxels, mudando a cor das folhas entre verde-claro e verde-escuro, como se elas fossem telas simples,
O professor Magnus Berggren, líder do grupo que desenvolveu a tecnologia, acredita que plantas eletronicamente melhoradas podem ter um grande impacto tanto na nossa compreensão delas quanto no desenvolvimento de tecnologias integradas, como células de combustível baseadas na fotossíntese, biosensores, reguladores de crescimento e aparelhos que controlam as funções internas das plantas.
"A partir das nossas conquistas atuais, eu diria que a combinação de sensores e mecanismos de transporte para hormônios vegetais são a principal consequência: podemos ler e gravar padrões de sinal dentro da planta e, então, regular a fisiologia param por exemplo, afetar seu crescimento, florescimento, etc," disse o professor Berggren ao IFLScience. Ele deu ênfase ao fato de que isso pode criar um campo de pesquisa novo, já que, até onde ele se recorda, essa foi a primeira vez que um feito assim foi realizado. A pesquisa foi publicada na Science Advances.
Fonte: IFLScience
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