Alguns meses atrás, uma pequena controvérsia surgiu quando a página oficial de Star Wars no Facebook postou uma imagem da Capitã Phasma (Gwendoline Christie), e algum infeliz inevitavelmente apareceu, perguntando como diabos deveríamos saber que há uma mulher debaixo da armadura. Sendo justos com o cara (que deveria saber que não se inicia um comentário com "não sou sexista, mas..."), a grande parte da mídia martela a noção de que, para algo ser chamado de feminino, ele tem que ser sexual. Pode haver armadura, desde que ela acentue os peitos, as pernas e os glúteos.
E, digno de eterna exaltação, o administrador da página respondeu "É uma armadura. Com uma mulher dentro. Não precisa ser feminina."
Christie espera, com Phasma, mudar o pensamento dos espectadores sobre mulheres fortes, e em uma entevista recente com a Entertainment Weekly, ela falou um pouco sobre sua misteriosa personagem. Sem mencionar as farpas virtuais de alguns meses antes, Christie comentou como o figurino desafia toda a noção de como personagens mulheres devem se vestir.
"Sabemos muito pouco dela nesse momento, mas, na minha opinião, o que atrai as pessoas é que ela é uma personagem feminina muito progressiva," disse a atriz. "Nós vemos a Capitã Phasma, vemos a roupa dos pés à cabeça, e sabemos que é uma mulher. Mas, na nossa mídia de hoje, estamos acostumados a conectar personagens femininas com sua aparência e caracterização."
Apesar de eu discordar que "dá para saber" que um personagem é mulher pela roupa (uma parte da grande surpresa ao final de Metroid foi descobrir que Samus era uma mulher, de novo, desafiando os designs tradicionais), a atriz de Game of Thrones levanta uma bandeira importante ao dizer que, com Phasma, "estamos nos conectando de verdade com uma personagem mulher enquanto um ser humano."
Fonte: Collider
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