quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Que Tal Parar Com Essa Frescura De Colocar Barbatana De Tubarão Na Sopa? - Quarta Científica #29


Se você soubesse que a chance de ser comido por um tubarão era de 0%, você nadaria com mais frequência? Perguntas retóricas à parte, o medo de ser comido tem uma influência profunda também nos outros animais, e no jeito como eles usam o ambiente marinho.

As tartarugas, por exemplo, têm medo de serem comidas por tubarões, e isso restringe o movimento e o comportamento de populações inteiras. Mas, quando esse medo some, podemos ver que as tartarugas comem mais, se reproduzem mais e vão aonde querem.

Por mais que isso seja um paraíso para elas, em um artigo publicado hoje na revista Nature Climate Change, nós demonstramos que a perda de predadores marinhos pode ter sérios efeitos cascata no armazenamento oceânico de carbono e, por consequência, no aquecimento global.

Efeitos Cascata


Nós já sabemos há um bom tempo que mudanças na estrutura das teias alimentares - especialmente as causadas pela perda de grandes predadores - pode alterar o funcionamento de um ecossistema. Isso acontece de maneira mais perceptível nas situações em que a perda dos predadores no topo da cadeia alimentar liberta os organismos abaixo dele do controle regulatório decrescente. Por exemplo, a perda de um predador tende a permitir que a população da sua presa aumente, o que vai aumentar o consumo das presas dela, e por aí vai. A isso se dá o nome de "regressão trófica".

Com a perda de cerca de 90% dos grandes predadores do oceano, a regressão trófica está acontecendo em todo lugar. Isso perturba os ecossistemas, mas, em nosso artigo, também denunciamos os efeitos que isso tem na capacidade dos oceanos de capturar e armazenar carbono.

Isso pode acontecer em vários ecossistemas, especialmente nas zonas costeiras. É lá que a maior parte do carbono do oceano é armazenado, dentro de ecossistemas de erva marinha, sapal e mangue - apelidados de ecossistemas de "carbono azul".

Ecossistemas de carbono azul capturam e armazenam carbono 40 vezes mais rápido que as florestas tropicais (como a amazônica) e podem armazená-lo por milhares de anos. Isso os torna um dos dissipadores de carbono mais eficazes do planeta. Apesar de ocuparem menos de 1% do solo do oceano, estima-se que os ecossistemas de carbono azul costeiros sequestram mais da metade do carbono do oceano.

O que é armazenado pelos ecossistemas azuis fica preso dentro dos corpos de plantas e sob o solo. Quando predadores como tubarões e outros peixes grandes são removidos desses ecosistemas, ocorre um aumento nos organismos herbívoros que pode destruir a capacidade dos habitats de sequestrar o carbono.

Por exemplo, nos campos de erva marinha de Bermuda e da Indonésia, a diminuição da predação nos herbívoros ocasionou uma perda gigantesca da vegetação, com 90 ou até 100% das plantas acima do solo sendo removidas.

Parem de Matar Predadores


Essas perdas de vegetação também pode desestabilizar o carbono enterrado e acumulado ao longo de milhões de anos. Por exemplo, a extinção de um sapal de 1.5km² em Cape Cod, Massachusetts, causada pela pesca recreacional excessiva de peixes e caranguejos predatórios, acabou por liberar cerca de 248.000 toneladas de carbono do subsolo.

Se apenas 1% da área global de ecossistemas de carbono azul for afetada pelo efeito cascata na cadeia alimentar, como ocorreu nesse último exemplo, o resultado seria uma liberação anual de 460 milhões de toneladas de CO2, o equivalente às emissões anuais de cerca de 97 milhões de carros, ou um pouco menos do que a emissão anual de gases estufa da Austrália.

E o que pode ser feito? Para começar, esforços maiores pela conservação da vida marinha e a modificação das leis de pesca podem ajudar a restaurar as populações de predadores marinhos e, portanto, ajudar a manter o importante papel indireto que eles têm na mitigação da mudança climática.

O que temos que fazer é restaurar o equilíbrio, para termos, por exemplo, números saudáveis e naturais tanto de tartarugas quanto de tubarões. As políticas e a administração precisam ter em mente essa importante descoberta com urgência.

Mais de 100 milhões de tubarões podem estar sendo mortos em pesqueiros todos os anos, mas se pudermos dar proteção suficiente para esses predadores, talvez eles acabem nos salvando no final.

Fonte: IFLScience

terça-feira, 29 de setembro de 2015

Como Fazer Um Personagem Secundário Ser Lembrado? Pergunte ao Heimdall - Terça no Cinema #32


Desde o anúncio de que Idris Elba havia se juntado ao elenco de Star Trek: Beyond, os detalhes de seu personagem têm sido guardados a sete chaves. Não nos foi dito nada além do fato de que ela será o antagonista do novo filme. Mas agora, Idris está finalmente falando sobre seu papel na trilogia, embora sem entrar em muitos detalhes. Elba prometeu que seu vilão em Beyond terá uma jornada complexa e interessante, e trará uma visão nova e surpreendente dos vilôes clássicos de Star Trek.

A MTV conversou com Idris Elba durante a divulgação que o ator fazia a divulgação do filme Beasts of No Nation, e, pela primeira vez, ele falou às câmeras sobre seu papel de antagonista:

"Simon [Pegg] e o pessoal escreveram uma jornada muito interessante e complexa para o meu personagem. Ninguém nunca me viu em um papel como esse. ... Eu acho que Star Trek sempre teve orgulho de ser muito clássico em relação aos vilões, tipo 'aquele cara quer destruir o mundo', quanto a isso não há dúvidas. Mas eu acho que nessa versão do filme, a visão está um pouco diferente. É uma jornada muito interessante, que, na minha opinião, vai ser uma revolução na franquia. Mas, ao mesmo tempo, vai-se manter aquele tom de 'vilão clássico é vilão clássico'."

Podemos tirar algumas conclusões dessas frases:

1. Seu personagem terá uma "história muito interessante e complexa".
2. Neste filme, o vilão será diferente do arquétipo do vilão clássico de Star Trek, e ele será "revolucionário para a franquia".

Idris parece dizer que seu personagem não é "um vilão clássico de Star Trek", mas isso não quer dizer que ele não seja um personagem que já apareceu antes na história. Entretanto, depois das reações ao Khan de Star Trek: Além da Escuridão, não seria de se estranhar a decisão de criar um novo vilão para o terceiro filme.

Os primeiros rumores haviam sugerido que os Klingons seriam os vilões principais deste filme. Os clássicos alienígenas de Star Trek não tiveram uma presença muito grande nos primeiros dois filmes, mas o roteirista e co-estrela Simon Pegg já afirmou que Idris não vai viver um Klingon. Mas, claro, Pegg imediatamente riu e, de palhaçada, completou com "ou talvez ele vá", então não temos como saber se ele realmente desmentiu a afirmação. Lembrem-se, esse cara foi o mesmo que insistiu que os rumores de que Benedict Cumberbatch seria Khan eram "mitos".

Idris também disse à MTV que ele tem trabalhado "18 horas por dia", o que pode significar que ele esteja gastando um tempo na cadeira do maquiador no início e no fim de cada dia de filmagem. Com base nisso, eu não descarto a possibilidade de vermos Elba no papel de uma versão diferente e mais complexa dos vilões Klingons da série.

[Ou isso:]

















Fonte: SlashFilm

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Amarre Dois Em Uma Bola Preta E Você Estará Pronto Para O Episódio VII - Tecno-Segunda #32


Um motor de íons que oblitera o atual recorde de eficiência de combustível foi registrado para uma patente de inovação. O inventor Patrick Neumann disse ao jornal estudantil Honi Soit, da Universidade de Sydney, que o motor era capaz de "ir e voltar de Marte sem reabastecer", mas o seu primeiro uso pode acabar sendo a alteração da rota de redes de pequenos satélites ao redor da órbita da Terra.

Neumann diz que a ideia do motor de íons ocorreu quando ele estava no terceiro ano e ajudando um estudante de pós-doutorado, como parte de um programa de integração que colocava bacharelandos em contato com pesquisa de verdade. Neumann mediu a velocidade de íons de titânio liberados em um pulso elétrico, como o que se usa em um soldador de arco. "O titânio estava saindo a 20 quilômetros por segundo, e eu pensei 'dá para usar isso como propulsão'", disse ele ao IFLScience. Em pesquisas posteriores, Neumann descobriu que seu palpite estava certo e testou a viabilidade de um total de onze materiais.


Os resultados foram incríveis. Uma das medidas da eficiência de um sistema de propulsão é o impulso específico, coloquialmente chamado de "bounce per ounce" [Algo como força por quilo], e medido em segundos. O recorde atual é do Propulsor Elétrico de Alta Potência (HiPeP, na sigla em inglês) da NASA, com 9.600 segundos, mas, alimentado com magnésio, o motor de Neumann conseguiu em torno de 14.600 segundos de impulso específico. Disse ele que "outros metais têm uma eficiência menor, mas geram mais propulsão. Ou seja, seria necessário mais combustível para chegar a Mater, mas chegaríamos lá mais rápido."


Neumann diz que combustíveis metálicos têm suas vantagens, fora a eficiência. O HiPeP usa xenônio, que, de acordo com ele, "é difícil de se encontrar fora da Terra". O magnésio pode ser encontrado na forma de olivina em asteróides, mas Neumann conseguiu resultados promissores com titânio, alumínio e outros metais amplamente usados. Espaçonaves usando esse motor seriam capazes de conseguir combustível extra a partir de satélites desativados, criando, ao mesmo tempo, uma solução para o problema do lixo espacial.

Propulsores de íon, como os que levaram a sonda Dawn a Ceres, só podem ser usados no vácuo, e Neumann diz que até decolar da Lua ou de asteróides maiores vai continuar sendo um trabalho para foguetes. Entretanto, diz ele que seu motor pode ser usado para decolar uma nave de objetos com baixa gravidade, tais quais as luas de Marte, Fobos e Deimos.

"Nós fizemos cálculos muito rudimentares e muito adiantados, mas achamos que 20 quilogramas de magnésio poderiam levar uma nave de 100 quilogramas até Marte e de volta novamente. Levaria de três a cinco anos e temos que considerar uma margem de peso para a nave, os paineis solares e o sistema de comunicação, mas achamos que teria que haver mais uns 20 quilos para compensar a carga", disse Neumann ao IFLScience. "Com um combustível de maior propulsão no Motor de Neumann, seria possível fazer a viagem em algo entre nove e onze meses, mas o tanque estaria vazio quando a nave chegasse lá". Nesse segundo caso, uma viagem de retorno dependeria ou da extração local de materiais ou da existência de depósitos de combustível na órbita de Marte ou de uma estação de abastecimento em Fobos ou Deimos, estabelecida antes da viagem.

Neumann diz que os experimentos com pulsos elétricos em metais datam da década de 1920, e que alguns dos dados coletados foram muito uteis para ele para definir que materiais testar. Essa pesquisa foi feita com menos da metade da intensidade de corrente que ele utiliza, e ninguém antes tinha pensado em usar pulsos elétricos de alta corrente para gerar propulsão.

Fonte: IFLScience
Imagens: IFLScience, jrbassett.com

sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Hipsters, Trouxas e Transformistas - Receitas de Sexta #22

Salada Bae Seng Chae



100g de cenoura
1 pepino
3 folhas de repolho ou de alface
1 talo de salsão
1/2 pera
5-6 ramos de cebolinha
1 colher de chá de sementes de gergelim torradas

Molho:

1/2 colher de sopa de vinagre
1 1/2 colher de sopa de suco de limão
2 colheres de chá de açúcar
1 colher de sopa de óleo de gergelim
1/2 colher de chá de sal

- Corte os vegetais (e a pera) em tiras finas de aprox. 5cm.
- Em um recipiente, misture todos os ingredientes do molho e misture bem, até ficar homogêneo.
- Tempere a salada com o molho e cubra com as sementes de gergelim.


Trouxinha de Pancetta


6 bistecas de porco sem osso
1 colher de sopa de azeite de oliva
250g de pancetta fatiada fina
1 maçã vermelha pequena, descascada, sem miolo e fatiada fina
150g de queijo brie fatiado (ou outro à sua escolha)

- Limpe qualquer gordura que esteja visível nas bistecas e as amasse levemente com um martelo de carne.
- Pincele o azeite e tempere com pimenta do reino preta
- Sele as bistecas por dois minutos cada lado em uma grelha quente e reserve para esfriar.
- Disponha 4 fatias da pancetta de modo que elas fiquem levemente sobrepostas e coloque uma bisteca selada em cima
- Divida o queijo e a maçã entre as camas de pancetta, colocando-os em cima da bisteca
- Embrulhe a pancetta em volta de cada bisteca para segurar o recheio no lugar (use palitos de dente se necessário)
- Leve ao forno a 200ºC em uma assadeira por 15 minutos, ou até a bisteca terminar de cozinhar
- Sirva com purê de batata e os sucos que saírem das carnes.

Rosas de Maçã/Ameixa


6 maçãs ou ameixas médias
2 rolos de massa folhada
1/3 de xícara de manteiga derretida
1/2 xícara de damascos em conserva
2 colheres de sopa de suco de limão
1 colher de chá de açúcar refinado
1 colher de sopa de canela
1 colher de sopa de açúcar refinado
1/8 de xícara de açúcar de confeiteiro

- Pré-aqueça o forno a 190ºC
- Unte uma forma de muffin de 6 lugares e reserve.
- Fatie as maçãs/ameixas fino e leve-as ao microondas em um recipiente com 1 colher de chá de açúcar, suco de limão e água suficiente para cobrir as frutas até a metade.
- Ligue o microondas por 3 minutos.
- Coloque os damascos em conserva e 1/2 xícara de água em outro recipiente e leve ao microondas por 1 minuto.
- Espalhe farinha no balcão e desenrole a massa folhada. Corte cada folha de massa em três pedaços e apare as bordas para que fiquem retas
- Derreta a manteiga e pincele, levemente, sobre a massa.
- Pincele a mistura de damasco sobre a massa
- Disponha as fatias de maçã/ameixa em um padrão sobreposto ao longo de uma das bardas de cada folha
- Misture canela e açúcar e polvilhe sobre a massa e as frutas.
- Dobre a folha de massa em duas, para que as frutas estejam "dentro" dela, então enrole a massa gentilmente na forma de uma rosa.
- Não deixe as frutas escaparem da rosa ou a massa ficar saliente na parte de baixo
- Coloque as rosas na forma de muffin e leve ao forno por 40 minutos. Para checar o ponto, verifique se a massa na parte central da rosa está dourada e firme.
- Retire do forno, deixe esfriar e polvilhe o açúcar de confeiteiro por cima. Sirva quente ou fria.

quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Se Você Discorda Disso, É Melhor Repensar Sua Vida - Quinta Jogando #27

Ownt. <3
O designer de Fallout 4, Todd Howard, disse em uma entrevista recém-publicada que todos os companheiros do jogador - não apenas Dogmeat - serão impossíveis de se matar. E há uma razão bem simples que os fez optar contra a morte permanente dos companheiros.


Quando um companheiro NPC receber uma certa quantidade de dano, eles serão incapacitados. No entanto, você pode ajudá-los a voltar para a briga usando um stimpak neles. Howard disse na entrevista com o site Bethesda.net que eles chegaram à conclusão de que a morte de um companheiro interromperia o fluxo do jogo, já que os jogadores sempre vão reiniciar a luta para manter seu aliado vivo.

"É uma situação de reload. Ninguém está no meio do jogo, vê o cachorro morrer e diz 'Que se foda. Eu vou continuar jogando.' Por isso, nós quisemos torná-lo...quando ele está com você, quando ele é o seu companheiro - há alguns deles, não só o cachorro - eles não podem ser mortos quando estão nesse estado."

Com certeza, era assim que eu jogava Fallout 3. Sempre que o meu companheiro batia as botas, eu recarregava o jogo. E isso acontecia muito, graças à tendência dos NPCs de pular de lugares altos. Acabou que ficar recarregando lutas virou uma chatice tão grande que eu decidi parar de levar companheiros comigo. E eu imagino que muitos jogadores fizeram o mesmo. Mesmo que os personagens não tivessem muito para dizer, eu sempre me senti um babaca de deixar eles morrerem. E mais, eles estava carregando um monte de coisa minha.

A Bethesda não quer que os jogadores evitem os companheiros. Bem o contrário, eles querem que formemos laços mais fortes com os de Fallout 4 do que com os dos jogos anteriores. Você pode ter um relacionamento com qualquer NPC humano com quem viaje, independente do gênero. Imagino eu que eles perceberam que deixar o jogador se esforçar tanto para conquistá-los só para eles morrerem com um tiro na cara de algum bandido seria cruel demais.

É ótimo que Dogmeat não possa morrer, afinal ele está mais realista do que nunca em Fallout 4. Nesse jogo, a Bethesda se baseou em River, o pastor alemão do level designer Joel Burgess, para criar o fiel canino. Abaixo, um vídeo mostrando o processo de captura de movimentos e sons do cão:


A Bethesda disse que haverá "em torno de doze" companheiros recrutáveis em Fallout 4. Entre eles, o soldado minuteman Preston Garvey, uma mulher chamada Piper e o mordomo robótico Mister Handy. Os outros companheiros ainda não foram revelados, mas eu imagino que vamos conhecer mais alguns deles até a data do lançamento do jogo em novembro.

Fonte: CinemaBlend

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Mantenha Fora do Alcance de Crianças. Mesmo. - Quarta Científica #28


Ligas de vidro metálico são materiais ultra-fortes que, quando aquecidos, se tornam tão maleáveis quanto massinha de modelar. Elas têm uma gama enorme de usos, mas para descobrir quais são as melhores, dependíamos da tentativa e erro. Entretanto, pesquisadores agora afirmam ter desenvolvido um "manual de instruções" para encontrar as melhores ligas.

A pesquisa, publicada na revista Nature Communications por cientistas da Universidade de Nova Gales do Sul (UNSW), em Sydney, Austrália, pode permitir que exploremos o enorme potencial desses materiais. "Eles foram descritos como o progresso mais importante em ciência de materiais desde a descoberta dos plásticos, mais de 50 anos atrás", disse o autor-chefe Dr. Kevin Laws da UNSW.

Ligas de vidro metálico tem uma estrutura atômica altamente desorganizada, mais parecida com vidro do que com metais normais, que são cristalinos e organizados quando em estado sólido. Aquecer vidro metálico permite que ele seja moldado como vidro soprado, e algumas ligas conseguem ser três vezes mais fortes e duras que as ligas normais, como aço, o que os torna os materiais mais duros conhecidos.

Entretanto, descobrir as melhores ligas de vidro metálico é difícil. Até então, o processo tem sido de tentativa e erro, então esse novo método pode ser essencial. A equipe usou um modelo para prever, com sucesso, mais de 200 novas ligas nos últimos anos, compostas de metais como magnésio e prata. Agora, elas serão estudadas para descobrirmos suas várias propriedades.

O manual de instruções funciona prevendo certas propriedades de certas ligas, tais como defeitos estruturais que possam prejudicar a formação do metal em um estado vítreo. "Com o nosso novo manual, podemos começar a criar vários novos vidros metálicos úteis e começar a entender os fundamentos atômicos responsáveis por suas características excepcionais", disse o Dr. Laws. "Também seremos capazes de criar esses materiais em escala atômica, de modo que eles tenham as propriedades específicas que desejamos".

Porém, nem tudo são flores. Vidro metálico ainda é um material difícil e caro de se produzir. Seu uso até então tem se limitado a pinos ejetores em iPhones e molas de relógio, mas se ele puder se tornar mais barato - talvez com a descoberta de novas ligas usando esse método - então talvez ele possa ser amplamente usado em aparelhos eletrônicos, baterias e até naves espaciais.

Fonte: IFLScience

terça-feira, 22 de setembro de 2015

Não Faça Amor Nem Guerra - Terça no Cinema #31


Contatos Imediatos do Terceiro Grau é um filme para se contemplar, imaginar e se empolgar com o desconhecido. Ao mesmo tempo, embora nunca seja tão assustador para os espectadores, ele reconhece o horror que existe em certos mistérios. Uma vez que todo mundo parece estar feliz no final, não importa que uma criança tenha sido roubada de sua mãe e com certeza não importa o que aconteceu com ele a bordo, ou por que. O reencontro e o sorriso em seu rosto são o suficiente para que esqueçamos o terror que ela sentiu ou o medo que alimentou sua curiosidade a respeito do pouso do OVNI que foi o clímax do filme, sem, no entanto, desconsiderar que eles existiram.

A versão original de Contatos Imediatos evitou nos mostrar o que acontecia dentro do OVNI, mantendo segredo sobre o que aqueles alienígenas estavam fazendo com os inúmeros humanos que abduziram ao longo de várias décadas. Ainda era possível dar o benefício da dúvida aos extraterrestres. Mesmo após a infeliz decisão de Steven Spielberg de colocar cenas do interior da nave-mãe alienígena para a segunda estréia em 1980, não havia nada com que se preocupar. A cena extra, que mais tarde foi removida em outra versão do filme, é só para agradar aos olhos. O que não quer dizer que o filme seja completamente ambíguo. Os alienígenas, na maior parte do tempo, parecem ser inofensivos e convidativos. Presume-se que o personagem de Richard Dreyfuss vai se divertir.

Spielberg acertou em quase tudo, mas o problema com filmes de abdução alienígena é que eles pendem demais ou para o lado do terror ou para o da fantasia. Ou os alienígenas são monstros que querem fazer experiências horríveis e dolorosas nas pessoas, o que os coloca mais perto da categoria de filmes de invasão, ou eles só vieram convidar alguém para ser um herói em uma guerra intergalática, visitar um planeta onde ninguém morre, ou simplesmente dar uma volta divertida em uma espaçonave controlada por um computador com a voz do Luciano Huck. Esse último tipo provavelmente nem merece a alcunha de filme de abdução, já que não existe a conotação de sequestro, mas mesmo assim eles são basicamente sobre a mesma coisa.

Provavelmente o único alienígena capaz de ao mesmo tempo divertir e aterrorizar uma pessoa abduzida.
Só que, essa coisa é algo que deveria despertar o fascínio. Não necessariamente sonhos ou pesadelos, só uma situação inexplicável que prenda a nossa atenção. É o que se esperaria de filmes baseados em fatos supostamente reais, como a história de Betty e Barney Hill, os famosos primeiros humanos abduzidos que estão ganhando um novo filme, sob o controle da produtora da série Maze Runner. Por mais que tiremos sarro da franquia e sua estratosférica pilha de perguntas sem resposta, o primeiro filme, em especial, consegue mostrar a natureza misteriosa que atrai nosso interesse em histórias não-ficcionais de abduções alienígenas.

Na maior parte, as adaptações para o cinema dessas histórias tendem para o lado do pesadelo. Estranhos Visitantes e Fogo no Céu mostram suas cenas dentro das espaçonaves como cenas de horror, e o que acontece lá certamente é aterrorizante para os abduzidos. Mas esses são relatos de experiências, tornadas assustadoras pela estranheza e falta de compreensão, que fazem parte de uma excursão maior. E os abduzidos sempre voltam para casa razoavelmente bem, fora um leve resquício de trauma em seus subconscientes. Ninguém se surpreenderia de descobrir que os abduzidos de Contatos Imediatos passaram por experiências parecidas, mas elas não são mostradas para o público, nem os efeitos posteriores que elas tiveram nos sobreviventes.

Do mesmo jeito que Maze Runner e sua sequência, Maze Runner: Prova de Fogo têm cenas em estilo horror dentro de suas histórias maiores de mistério e aventura, mas não são filmes de horror, um filme mostrando o incidente dos Hills deveria mostrar eventos assustadores para os personagens, mas sem ser um filme assustador em sua totalidade. O X da questão do caso Hills é que a abdução em si não é tão interessante, quando classificada e comparada com o resto do fenômeno e com tudo que já foi feito no cinema com esse tipo de história. O que interessa mesmo é o contexto maior dos dois, já tendo sofrido muito preconceito por serem um casal inter-racial e, claro, terem sido o primeiro caso de abdução amplamente divulgado.

O novo filme, que será baseado no livro Captured! The Betty and Barney Hill UFO Experience: The True Story of the World’s First Documented Alien Abduction, de 2007, promete dedicar bastante tempo aos contextos raciais e da Guerra Fria, o que dá a esperança de que ele vá ser algo mais profundo do que a maioria dos filmes falando deste tipo de assunto. "Eles eram um casal inter-racial em um país que ainda tinha leis segregacionistas, e eles viviam em uma cidade bem do lado de uma base aérea cheia de armas nucleares. O que eles sabiam e por que eles foram os alvos são conteúdo para um filme fenomenal", disse Jackie Zabel, Presidente da Stellar Productions e esposa do roteirista do filme, Bryce Zabel.

Entretanto, uma coisa que Capturados, o título atual do filme, provavelmente não vai capturar é a curiosidade contínua e não-assustadora de muitas histórias de abduções alienígenas que deixou os fãs do gênero tão cativados. Eu confesso: na minha juventude, eu fui um desses fãs. Eu ia em leituras coletivas de autores como Whitley Strieber, de Estranhos Visitantes, e ficava obcecado com livros e revistas que falavam do relato dos Hills e de outros (em especial, as longas e complexas histórias e diagramas de Betty Andreasson Luca). E eu não consigo imaginar esse aspecto do apelo do fenômeno, aquele mistério sem fim de por que os alienígenas supostamente estariam abduzindo pessoas, sendo transferido completamente para as breves sessões de cinema.


Não que seja impossível de se fazer. Apesar de ter ficado fora do que acontece dentro da nave (na medida do possível), Spíelberg meio que mergulhou na toca do coelho da narrativa estilo País das Maravilhas que é a que mais se encaixa em uma história de abdução (especialmente as de Andreasson Luca), enquanto evitava as armadilhas do gênero de horror. O problema para a maioria das histórias se passando dentro das naves é que o público geral tende a julgá-los levianamente como absurdas e/ou clichê, especialmente aquelas histórias que se dizem verdadeiras. Se Capturados puder ser levado a sério e se focar mais nos elementos pé-no-chão da história dos Hills do que nos acontecimentos com os alienígenas, mais duros de engolir (seja lá como eles sejam representados nessa versão), será mais fácil o público aceitá-lo. Já para aqueles dentre nós que se interessam pela parte dura de engolir (quer a engulamos ou não), talvez não seja tão bom assim.

Com sorte, será um passo que unirá ambas as visões. Spielberg também produziu a mais extensa minissérie Taken, que cobre a mitologia maior do fenômeno das abduções e, em grande parte, acerta nos aspectos mais curiosos que atraem a mim e, presumo, a outrem. Zabel também trabalhou em Taken e co-criou sua predecessora Os Escolhidos, que também lida com uma narrativa maior de OVNIs claramente baseada em uma familiaridade com relatos "factuais". Ele provavelmente é a pessoa mais qualificada para levar a história dos Hills para as telonas, mas eu também creio e torço que ele seja a pessoa que nos trará mais histórias grandiosas e fidedignas do fenômeno, além da que é considerada a primeira.

Fonte: Film School Rejects
Imagens: Film School Rejects, Entretenimento Ácido e Pinterest

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

A Edição de Colecionador Vem Com O Espanador - Tecno-Segunda #31


A ideia de um servo robótico é bem mais velha do que você deve imaginar. Ela vem de bem antes da icônica série animada dos anos 60, Os Jetsons, onde a robô Rosie era capaz de cozinhar, limpar a casa e resolver problemas inesperados. Já no século III AC, o cientista grego Philo de Bizâncio construiu uma icônica empregada-robô humanoide que conseguia servir vinho quando uma taça era colocada em sua mão.


Hoje em dia, podemos ver robôs aspiradores de pó, robôs quadrúpedes que levam cargas pesadas e até robôs que gerenciam hotéis. Mas, como cientistas, nós estamos sempre mirando no futuro. Todos sonhamos com máquinas inteligentes que poderiam nos ajudar com as tarefas chatas do dia a dia. Afinal, quem gosta de ter que limpar a casa, lavar louça ou roupa suja? Como membros de um projeto europeu chamado CloPeMa, meus colegas e eu temos tentado realizar o sonho de um robô doméstico desenvolvendo uma máquina capaz de entender e manipular roupas.

Manusear peças de roupa sem destruí-las é algo que todos fazemos sem esforço nem pensamento consciente. Mas isso é algo bem mais difícil para um robô, já que tecido é algo deformável e flexível, que muda de estado desde o momento que se encosta nele.


Nós não tomamos consciência da quantidade absurda de destreza e tato necessária para dobrar uma peça de roupa. Tente se imaginar dobrando uma toalha sem saber como é sua aparência ou sua textura, enquanto usa gesso nos braços. Isso já seria um desafio enorme para nós, humanos. Imagine para um robô controlado por um computador.

O objetivo do projeto CloPeMa era desenvolver algoritmos de computador que permitissem que um robô percebesse e compreendesse artigos de roupa, para ser capaz de organizá-los e alisá-los. Começamos com um robô industrial de dois braços e demos a ele um par de olhos robóticos móveis desenvolvidos pela equipe de visão e computação gráfica da Universidade de Glasgow, o que permitiu que ele enxergasse as roupas e a área de trabalho em três dimensões. A partir disso, o robô é capaz de olhar para sua área de trabalho e detectar formas, superfícies e arestas de modo a entender o que está na sua frente.


Nós então programamos o robô para usar essas observações visuais para criar um modelo de computador da roupa, incluindo seu tamanho, tipo de material e a presença ou não de rugas. Ele também é capaz de diferenciar entre categorias de roupas, como jeans, camisas, suéteres e camisetas. Suas mãos (ou pinças, no caso) são, então, capazes de usar a destreza necessária para pegar, alisar, dobrar e desdobrar as roupas.

O problema é o poder de computação e o tempo necessários para transformar a informação percebida em ações. Separar as roupas demora quatro minutos por peça, dobrar uma camiseta requer cinco minutos, e alisar uma toalha quadrada pode demorar até 15. É visível que os usos comerciais e industriais do CloPeMa ainda está longe de chegar. Ainda falta muito para o dia em que todos teremos um desses em casa.



No entanto, a equipe do CloPeMa não está sozinha, e pesquisadores ao redor do mundo vêm progredindo consideravelmente na tarefa de criar um robô lavador de roupas. Por exemplo, o PR2, da Universidade de Berkeley, Califórnia, é capaz de realizar várias tarefas com artigos de vestuário, como dobrar e desdobrar toalhas e juntar pares de meias. A pesquisa está avançando com uma velocidade tal que, dentro de alguns anos, veremos robôs capazes de executar várias tarefas.

E embora tendamos a pensar em robôs como máquinas antropomórficas, na verdade nós já temos alguns robôs em casa, como eletrodomésticos linha branca "inteligentes". Por exemplo, máquinas de lavar que alteram seu ciclo de lavagem dependendo do tipo da roupa ou destilarias domésticas automatizadas de cerveja (quase que uma versão moderna da empregada robótica de Philo).

O sonho continua, claro, sendo ter robôs inteligentes o bastante para podermos simplesmente dar uma ordem e vê-los executar as tarefas de casa sem supervisão humana.

Fonte: IFLScience

terça-feira, 15 de setembro de 2015

Se Quiser Algo Bem-Feito, Faça Você Mesmo - Terça no Cinema #30



Até então, a busca de Thanos pelas Joias do Infinito no Universo Cinematográfico Marvel não está indo muito bem - mas isso está para mudar. Cansado dos fracassos de seus subordinados, o Titã Louco finalmente tirou sua Manopla do Infinito do armário durante a cena no meio dos créditos em Vingadores: A Era de Ultron e decidiu cuidar do problema ele mesmo. Nos próximos filmes, provavelmente veremos o alienígena roxo gigante recuperando todas as Joias - inclusive as que ele perdeu - mas a pergunta que não quer se calar é quando, exatamente, ele fará isso.

O primeiro gostinho de Thanos usando a Manopla do Infinito com poder total no teaser divulgado em outubro do ano passado que anunciou Vingadores: Guerra Infinita Parte I e Parte II, e, de acordo com o ComicBookMovie.com, esse teaser estará nos extras das mídias domésticas de Vingadores: A Era de Ultron. Mas, já que ainda vai demorar bastante para vermos o duelo contra o Titã Louco nas telonas, não sabemos em que momento ele vai obter seus poderes divinos - o que não nos impede de especular a respeito.

Fora Thanos usando as Joias do Infinito, os filmes da Guerra Infinita não serão adaptações diretas da saga Manopla do Infinito de 1991. Sendo assim, é improvável que ele vá ter todas as seis no começo da Parte I como na história original. O que tende a acontecer é que ele obtenha a última das Seis Joias ou no final da Parte I ou no início da Parte II - e mesmo assim sobra bastante tempo para ele fazer uso de seus grandiosos poderes. Com tudo isso em mente, não se surpreenda se o Titã Louco aparecer roubando as Joias em cenas mid- e pós-créditos em vários dos filmes da Fase Três. Talvez ele apareça roubando o Tesseract dos cofres de Asgard em Thor: Ragnarok ou tomando o Orbe da Corporação Nova em Guardiões da Galáxia Vol. 2. Mesmo sem as Joias, ele é um dos indivíduos mais poderosos do universo, capaz de eliminar quase qualquer um que se ponha em seu caminho. Entretanto, é possível que, assim como em Manopla do Infinito, seu excesso de confiança seja sua ruína no final.

Thanos não apareceu no UCM sem nenhuma das Joias do Infinito. Ele originalmente tinha a Joia da Mente, que ele perdeu após emprestá-la a Loki em Os Vingadores, para que o Deus da Travessura conquistasse a Terra, tarefa na qual ele eventualmente falhou. Essa Joia em particular agora está na posse do androide Visão. O fracasso de Loki também resultou na perda do Tesseract (também conhecido como a Joia do Espaço), que Thor levou de volta a Asgard. E para esfregar sal na ferida, Thanos foi traído por Ronan em Guardiões da Galáxia, onde o fanático Kree se recusou a devolver o Orbe (vulgo Joia do Poder). Enquanto isso, o Aether (Joia da Realidade), até prova em contrário, ainda está nas mãos do Colecionador, apesar de seu museu ter sido destruído. Por consequência, sobram duas Joias para serem apresentadas na Fase Três: a do Tempo e a da Alma.

Thanos empunhará o poder das Joias do Infinito quando Vingadores: Guerra Infinita Parte I estrear em 4 de maio de 2018, seguido pela Parte II em 3 de maio de 2019.

Fonte: CinemaBlend

segunda-feira, 14 de setembro de 2015

SSD É Para Os Fracos - Tecno-Segunda #30


Nós inevitavelmente imaginamos aparelhos eletrônicos feitos de chips de silício, com os quais os computadores armazenam e processam informações na forma de dígitos binários (zeros e uns) representados por pequenas correntes elétricas. Mas não precisa ser assim: entre as alternativas para o silício estão os meios de armazenagem orgânicos, como o DNA.

A computação por DNA foi demonstrada pela primeira vez em 1994 por Leonard Adleman, que transcreveu e resolveu o "problema do caixeiro viajante", um problema matemático onde se precisa encontrar a rota mais eficiente para um caixeiro visitar várias cidades hipoteticas, somente usando DNA.

O ácido desoxirribonucleico é capaz de armazenar enormes quantidades de informação transcrita em sequências de moléculas chamadas nucleotídeos: adenina (A), timina (T), guanina (G) e citosina (C). A complexidade e a enorme variedade dos códigos genéticos de espécies diferentes demonstram a quantidade de informação que pode ser armazenada em DNA através das CGAT, e é possível usar essa capacidade para a computação. Moléculas de DNA podem ser usadas para processar informação, usando um processo de fusão entre pares de DNA chamado de hibridização. Esse processo pega cadeias únicas de DNA e as transforma em cadeias diferentes.

Desde o experimento de Adleman, muitos "circuitos" baseados em DNA foram propostos, implementando métodos computacionais como lógica Booleana, fórmulas aritméticas e computação por rede neural. Batizado de programação molecular, esse método aplica conceitos e desenhos tradicionais da computação à escala nanométrica ideal para se lidar com o DNA.


Nesse sentido, a "programação" acaba sendo bioquímica. Os "programas" criados, na verdade, são métodos de seleção de moléculas que interagem de um modo que gere o resultado desejado, através do processo de auto-montagem do DNA, no qual grupos desorganizados de moléculas interagem espontaneamente para formar a cadeia de DNA desejada.

"Robôs" de DNA


O DNA também pode ser usado para controlar movimento, o que gera a possibilidade de aparelhos nano-mecânicos baseados nele. Isso foi feito pela primeira vez por Bernard Yurke e sua equipe no ano 2000. Eles conseguiram criar um par de pinças de cadeias de DNA que conseguiam agarrar e soltar. Experimentos posteriores, como o feito pela equipe de Shelley Wickham em 2011 e no laboratório de Andrey Turberfield em Oxford, demonstraram máquinas móveis nano-moleculares feitas completamente de DNA e que podiam viajar por caminhos pré-definidos.

Através disso, poderíamos ter um nanorrobô de DNA seguindo determinadas trilhas, tomando decisões, e sinalizando assim que chegasse ao fim dela, o que indicaria que a computação foi finalizada. Do mesmo jeito que circuitos eletrônicos são impressos em placas, moléculas de DNA poderiam ser usadas para imprimir trilhas similares organizadas em árvores de decisão lógica em uma placa de DNA, com enzimas controlando a tomada de decisões ao longo da árvore, fazendo o robô tomar um caminho ou outro.

Andadores de DNA também podem carregar cargas moleculares, portanto poderiam ser usados para administrar medicamentos dentro do corpo.

Por Que Computação Por DNA?


Algumas das várias características interessantes das moléculas de DNA são o seu tamanho (2 nanômetros de espessura), programabilidade e alta capacidade de armazenagem - muito maior que a das suas equivalentes de silício. O DNA também é versátil, barato e fácil de ser sintetizado, fora que a computação com DNA requer muito menos energia que os processadores elétricos de silício.

Seu ponto negativo é a velocidade: atualmente, são necessárias várias horas para computar a raiz quadrada de um número de quatro algarismos, coisa que um computador tradicional faz em um centésimo de segundo. Outra desvantagem é que circuitos de DNA são descartáveis, e precisam ser recriados para refazer a mesma computação.

O que talvez seja a maior vantagem do DNA sobre os circuitos eletrônicos é que ele pode interagir com seu ambiente bioquímico. A computação com moléculas envolve reconhecer a presença ou ausência de certas moléculas, portanto uma aplicação lógica da computação por DNA é levar a programabilidade para o reino dos biosensores ambientais, ou ao da administração de medicamentos e tratamentos dentro de organismos vivos.



Programas de DNA já começaram a ser usados no campo da medicina, como em diagnósticos de tuberculose. Outro uso proposto é o de um "programa" nano-biológico, idealizado por Ehud Shapiro do Instituto Weizmann de Ciências em Israel, chamado de "médico na célula", feito para destruir moléculas cancerosas. Outros programas com aplicação médica miram nos linfócitos (um tipo de célula branca), que são definidos pela presença ou ausência de certos marcadores celulares, portanto podem ser detectadas naturalmente com a lógica Booleana de verdadeiro ou falto. Entretanto, mais esforços serão necessários antes de podermos injetar medicamentos inteligentes diretamente em organismos vivos.

O Futuro da Computação por DNA


Como um conceito geral, a computação por DNA tem um potencial enorme para o futuro. A sua capacidade de armazenamento gigantesca, custo baixo de energia, facilidade de manufatura explorando o poder da auto-montagem e a sua fácil afinidade com o mundo natural são uma porta de entrada para a computação em nano-escala, talvez até através de projetos que mesclem componentes eletrônicos e moleculares. Desde a sua criação, a tecnologia tem progredido rapidamente, fornecendo diagnósticos em ponto-de-cuidado e medicamentos inteligentes provas-de-conceito - que são aqueles capazes de tomar decisões diagnósticas quanto ao tipo de tratamento a administrar.

Claro que há muitos desafios a serem vencidos para que a tecnologia possa avançar das provas-de-conceito para drogas inteligentes verdadeiras: a confiabilidade dos andadores de DNA, a robustez da auto-montagem e a melhoria da administração dos medicamentos. Mas há um século de pesquisa na ciência da computação tradicional pronta para ajudar no desenvolvimento da computação por DNA através de novas linguagens de programação, abstrações e técnicas de verificação formal - aquelas que já conseguiram revolucionar o desenho dos circuitos de silício e que podem ajudar a impelir a computação orgânica no mesmo caminho.

Fonte: IFLScience

sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Fim de Semana Light - Receitas de Sexta #21


Quinoa Com Feijão Preto




1 colher de chá de óleo
1 cebola picada
3 dentes de alho, picados
3/4 de xícara de quinoa
1 1/2 xícara de caldo de legumes
1 colher de chá de cominho
1/4 de xícara de pimenta cayenne
Sal e pimenta do reino à gosto
1 xícara de milho verde
850g de feijão preto cozido
1/2 xícara de coentro picado

- Aqueça o óleo em fogo médio e frite a cebola e o alho até ficarem levemente dourados.
- Adicione a quinoa na mistura de cebola e cubra com o caldo de legumes.
- Tempere com o cominho, a pimenta cayenne, o sal e a pimenta do reino.
- Deixe ferver, cubra, reduza o fogo e deixe cozinhar até a quinoa absorver o caldo e ficar macia.
- Adicione o milho, o feijão e o coentro e sirva.

Frango Bourbon


900g de peito de frango cortado em cubinhos
2 colheres de sopa de azeite de oliva
1 dente de alho amassado
1/4 de colher de chá de gengibre
3/4 de colher de chá de pimenta dedo de moça seca
1/4 de xícara de suco de maçã
1/3 de xícara de açúcar mascavo
2 colheres de sopa de ketchup
1 colher de chá de vinagre de maçã
1/2 xícara de água
1/3 xícara de molho de soja

- Aqueça o óleo em uma frigideira grande
- Frite o frango até ficar levemente dourado e retire.
- Adicione o resto dos ingredientes sobre fogo médio e aqueça até todos estarem dissolvidos e misturado
- Recoloque o frango e deixe ferver.
- Abaixe o fogo e deixe cozinhar por 20 minutos.
- Sirva com arroz.

Quadradinhos de Morango Congelados




1 xícara de farinha
1/2 xícara de açúcar mascavo
1/2 xícara de nozes picadas
1/2 xícara de manteiga derretida
2 claras de ovo
1 xícara de açúcar refinado
2 xícaras de morangos picados
2 colheres de sopa de suco de limão
1 xícara de creme de leite

- Pré-aqueça o forno a 180ºC.
- Unte uma assadeira
- Cubra outra assadeira com papel-alumínio.
- Misture a farinha, o açúcar mascavo, a manteiga e as nozes. Leve ao forno na assadeira com papel-alumínio por cerca de 15 minutos, mexendo ocasionalmente, até as nozes começarem a cheirar.
- Espalhe 2/3 da mistura de nozes no fundo da assadeira untada.
- Bata as claras de ovo com o suco de limão até o ponto de neve. Adicione o açúcar refinado aos poucos, mexendo até ficar no ponto de suspiro, depois adicione os morangos.
- Em outro recipiente, bata o creme de leite com uma batedeira elétrica até ele ficar firme, mas não empelotado. Adicione à mistura de morango.
- Espalhe a mistura por sobre as nozes na assadeira e cubra com o restante da mistura de nozes. Leve ao freezer por pelo menos seis horas.


quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Democracia No Mundo Dos Jogos. Claro, Por Que Não? - Quinta Jogando #26


A Microsoft recentemente anunciou mudanças futuras para o sistema de reputação do Xbox One, em uma tentativa de barrar o avanço dos trolls pelos campos do ciberespaço, ou pelo menos o plano era para ser esse em algum momento. Se você não está familiarizado com o sistema de reputação da Microsoft, ele é uma combinação do feedback dos jogadores com um algoritmo avançado da Xbox Live que separa e pune jogadores problemáticos. Em teoria, ele deveria manter os babacas de um lado e os manos e minas do bem do outro. Infelizmente, o sistema é uma merda, e tem sido uma merda desde sua implementação há alguns anos.

A ideia por trás da prática até que é bem genial quando se para para pensar na demografia dos jogos online hoje em dia - existe e sempre vai existir muita reclamação contra os jogadores-problemas. Entretanto, o sistema atual falha ao punir injustamente os jogadores e exigir que a comunidade online faça um bom trabalho. Incontáveis jogadores reclamaram que o sistema é falho por causa de feedbacks injustos e o fato que os jogadores parecem só oferecer opiniões negativas.

Recentemente, eu tive uma conversa na interwebs com um cara que teve sua reputação destruída porque ele finalmente tinha ficado bom em Halo. Ele disse que a sua reputação foi arruinada e ele chegou a ser banido do jogo por um dia após o que ele chamou de "um pití de jogadores pouco habilidosos que o chamaram de trapaceiro e, por consequência, mandaram feedback negativo". Eu não conheço o cara pessoalmente, mas ele pareceu ser gente boa, não alguém que ficaria gritando palavrões no microfone como se fosse o fim dos tempos. Apesar disso, é visível que o sistema não funciona e que a Microsoft ainda parece ser incapaz de consertá-lo, mesmo depois de todos esses anos.

A recente divulgação continha poucos detalhes, o que é, ao mesmo tempo, irritante e nem um pouco surpreendente para alguns jogadores. A maior pergunta é "por quê?" Por que a Microsoft não consegue melhorar o processo? Eles tiveram mais de uma década para descobrir como. Ou talvez, mais importante ainda, é por que eles continuam injetando dinheiro em projetos inúteis que muito provavelmente serão um fracasso? Melhor ainda, por que eles continuam a apresentar funções e acessórios para os quais a maioria dos gamers fiéis não dá a mínima? Sim, o sistema de reputação é uma função importante de se ter funcionando, mas se depois de dez anos de pesquisa, você não consegue dominá-lo, então desista.


Por exemplo, peguemos o Xbox One atual - em outubro, será lançada a terceira versão do console desde o final de 2013. Primeiro, tivemos a versão com o Kinect obrigatório que ninguém queria, depois o console sozinho, e agora, a versão Elite, que vai demorar 30 segundos a menos para carregar e vir com um controle carésimo que só uma pequena porcentagem dos jogadores vai se interessar em ter. Vamos comparar com o Playstation 4, que até agora só lançou algumas atualizações de firmware. Agora, calma, eu não estou chamando os fanboys às armas, ambos são consoles muito bons, mas eu tenho que me perguntar o porquê da Microsoft continuar tentando ser "a espertinha da classe" com todas essas decisões ridículas. Tudo, desde as restrições controversas divulgadas antes do lançamento oficial até todo esse problema com o sistema de reputação, continua a manchar a imagem da gigante dos consoles. Talvez isso seja a razão do PlayStation ainda estar vendendo o dobro do igualmente poderoso e divertido Xbox One.

Fonte: CheatCC

quarta-feira, 9 de setembro de 2015

Olhos Nos Olhos... Peraí, Eu Já Não Fiz Essa Piada? - Quarta Científica #27


Desde corujas até borboletas e macacos, há vários exemplos da parte visual do cérebro evoluindo para dedicar mais energia a habilidades que sejam de particular importância para uma determinada espécie. Por exemplo, animais de hábitos noturnos têm uma visão excelente no escuro, mas não enxergam cores muito bem. Esse tipo de toma-lá-dá-cá é importante, porque ter um cérebro maior tem seu custo para os animais. Se o cérebro é grande, também é pesado, e precisa de mais alimento. O consumo de energia do cérebro humano é maior do que qualquer outra parte do corpo, até mesmo o coração.

A maior parte da pesquisa sobre a visão se concentrou na pequena parte central do nosso campo de visão. É por essa parte que enxergamos melhor; a parte que é testada pela tabela de letras do oculista. E ela é realmente bem pequena. Erga seu punho na frente do rosto com o braço esticado - essa é mais ou menos a área de que estamos falando. Fora desse centro, a visão é bem menos detalhada, mas a evolução gerou uma solução bem elegante. A visão periférica é boa o bastante para atrair sua atenção para um objeto. Se quisermos registrar mais detalhes, podemos olhá-lo diretamente.


Mas essa não é a unica função da visão periférica. Imagine o seguinte: você está jantando com um amigo, com quem conversa animadamente. Sem tirar os olhos de seu companheiro, você estica a mão, pega uma taça de vinho e bebe um gole. Para você, é algo simples de se fazer, mas o cérebro precisa formar uma imagem precisa do formato e do tamanho da taça, fora onde ela está localizada. (Segurar algo também depende do tato, mas a primeira coisa que fazemos é julgar visualmente as dimensões do objeto para então esticar o braço e segurá-lo de acordo.)

Desigualdade na Periferia


Já que os braços e mãos humanas estão abaixo dos olhos, o ato de esticar o braço costuma ocorrer na parte de baixo do campo visual - assim como a manipulação de objetos. Nós e nossos colegas de pesquisa nos perguntamos se a área visual do cérebro podia ter se adaptado a isso através da evolução, resultando em um sistema de visão que tem mais acuidade na parte inferior do que na superior.

Nós testamos essa ideia com um experimento, onde seis jovens adultos voluntários comparavam formas que apareciam em uma tela de computador, para testar se eles conseguiam distinguir entre um círculo perfeito e um levemente distorcido (estudos de visão como esse costumam usar grupos pequenos porque cada voluntário é submetido a um grande número de testes). como esperado, a performance do grupo foi melhor quando era possível olhar diretamente para as formas.

Em seguida, o teste foi repetido com as formas aparecendo acima e abaixo do nivel dos olhos, bem como dos dois lados. E dito e feito, os voluntários se saíram muito melhor em definir as formas que apareciam na parte de baixo de seu campo visual. Na verdade, o desempenho no experimento foi mais de 50% melhor do que com as formas aparecendo em cima ou dos lados.

Se isso fosse um desenvolvimento evolucionário, faria sentido que a visão da parte de baixo do campo visual fosse melhor do que o resto da nossa visão periférica só até o ponto que nos permitisse processar a forma do objeto, mas não seu tipo. Para ver se isso era verdade ou não, repetimos o experimento com um tipo específico de objeto: rostos.


Rostos são considerados um tipo especialmente importante de estímulos visuais para os humanos. Nós somos animais sociais, e ser capaz de reconhecer rostos com precisão é importantíssimo para o funcionamento da sociedade. Boa percepção facial te permite reconhecer pessoas familiares, distinguir amigos de inimigos e ler as emoções das pessoas que você encontra, tudo de maneira instantânea.

Estudos mostraram que humanos e outros primatas desenvolveram áreas do cérebro especializadas em processar rostos. Embora a capacidade de detectar rostos na sua visão periférica seja importante, não haveria vantagem em ser melhor em identificá-los se estivessem embaixo do campo de visão. A maioria dos nossos contatos sociais, afinal, tende a ser cara-a-cara.

Quando repetimos o teste novamente com rostos, a hipótese acabou sendo verdadeira também. Os voluntários tinham a mesma capacidade de reconhecimento no campo visual inferior e em qualquer outro lugar, e eram até um pouco melhores em distinguir rostos que apareciam no lado esquerdo. Esse dado curioso provavelmente se deve ao fato que a área do cérebro humano que reconhece rostos fica no hemisfério cortical direito. Assim como com outras funções cerebrais, o lado direito do cperebro controla o lado esquerdo do corpo, então era de se esperar.

As Faces Ocultas


Como um resultado controle para nossos experimentos, também testamos nossos voluntários com rostos sem feições internas - olhos, bocas, narizes etc. Tendo reduzido o rosto a uma forma comum, especulamos que os voluntários passariam a identificá-las melhor no campo visual inferior. E foi exatamente o que aconteceu.

Isso sugere que existe uma vantagem evolucionária em processar a forma de um objeto abaixo do centro da sua visão - por exemplo, poder pegar comida no chão da floresta antiga sem ter que tirar os olhos de predadores em potencial. Em contrapartida, há pouca vantagem e muito prejuízo na capacidade cerebral expandir isso para todos os tipos de objetos, inclusive rostos.


Então, da próxima vez que você saborear uma taça de vinho no jantar, pode ficar tranquilo ao saber que os seus sentidos visuais evoluiram para permitir que você pegue sua bebida sem olhar diretamente para ela. É só se lembrar de deixá-la na mesa, abaixo dos seus olhos. Qualquer coisa além disso e o mais provável é que você precise de uma toalha nova.

Fonte: IFLScience

terça-feira, 8 de setembro de 2015

Seja Você Mesmo, A Menos Que Você Possa Ser o Batman - Terça no Cinema #29

Daqui a meros seis meses, a Warner Bros. e a DC vão mergulhar fundo em seu próprio universo interconectado de filmes de super-herói baseados no gigantesco curral de personagens e séries da gigante dos quadrinhos. Depois de Batman vs Superman: A Origem da Justiça, teremos Esquadrão Suicida, Mulher Maravilha, duas metades de um Liga da Justiça e vários outros até 2020.

Mas apesar de todos os outros grandes heróis que estão para ganhar vida nas telonas, será Batman, vivido desta vez por Ben Affleck, roteirista e diretor ganhador do Oscar, que será o centro desse universo cinematográfico em franca expansão. Os caçadores de notícias do site Heroic Hollywood divulgaram um rumor hoje de manhã sobre como o Cruzado Embuçado terá um papel cada vez maior e mais importante nos acontecimentos. Esse é o mais recente sinal de que a DC está apostando alto no homem morcego. Vamos ver o que se sabe até agora:


Mais Batman, Menos Superman em A Origem da Justiça


De acordo com as fontes internas do Heroic Hollywood, a Warner Bros. pediu que A Origem da Justiça, nesse momento em estágios avançados de pós-produção, tenha mais do Batman de Affleck e menos do Superman de Henry Cavill. Apesar de toda a preocupação que os fãs tiveram quando o astro e diretor de Argo foi escolhido para o papel, ao que parece ele está estourando a boca do balão como Cavaleiro das Trevas. Ao ponto que a reportagem chega a dizer que ele está "dando de dez a zero" no Homem de Aço.

Graças, em parte, à trilogia Cavaleiro das Trevas de Christopher Nolas, Batman foi e continua sendo um dos super-heróis mais populares do cinema, então faz todo o sentido que a Warner e a DC queiram capitalizar isso. E apesar do Homem de Aço de Zack Snyder de 2013 ter sido um sucesso, as comunidades de fãs e críticos foram divididas ao meio quanto ao filme. E, aparentemente, os figurões estão tendo muito mais dificuldade para decidir o que fazer com Superman e onde encaixá-lo nesse mundo tenso e sombrio que estão criando em seus filmes (sem perder fidelidade ao personagem). Por outro lado, com o Batman, eles parecem saber exatamente o que estão querendo ter e fazer. E também querem vê-lo mais e mais.


Batman Vai ter Bem Mais Filmes que Superman


Se a reportagem estiver certa, estaremos vendo bem mais do Homem-Morcego ano que vem em Batman vs Superman. Mas mesmo fora desse filme, o Cavaleiro deve ganhar bem mais tempo de tela que Superman, ou qualquer outro personagem do Universo Expandido DC. Fora BvS, o Batman de Affleck deve aparecer alguns meses depois quando a festa de supervilões de David Ayer, Esquadrão Suicida, ganhar as telas - todos já vimos cenas com o Morcego agarrado ao teto do carro do Coringa.

Indo além de 2016, Batman também deve ser um elemento fundamental dos filmes da Liga da Justiça. Claro, Superman também é membro fundador da Liga, então ele vai estar por perto também, mas há rumores de vários filmes solo do Batman em planejamento, um dos quais pode ser dirigido pelo próprio Ben Affleck. Não só eles estão com um dos maiores atores do mundo interpretando um personagem icônico e adorado como estão com um ganhador do Oscar na cadeira de diretor. Já houve combinações piores. Depois disso vem o apressado filme LEGO Batman que está em produção, uma senhora série de videogames e a série de TV precursora Gotham. E enquanto Batman está enlouquecendo com tanto trabalho, Homem de Aço 2, que diz-se que seria dirigido por George Miller, de Mad Max: Estrada da Fúria, foi colocado em "espera permanente". Ui.


O Braço Direito de Ben Affleck Deu Gás Ao Roteiro de BvS


Depois de trabalhar com Ben Affleck para dar vida a Argo - uma história sobre a CIA fingindo fazer um filme de ficção científica para resgatar seis americanos presos no Irã nos anos 80 - Chris Terrio chegou para passar a limpo o roteiro de Batman vs Superman. Ele foi contratado para tentar melhorar a história originalmente escrita por David S. Goyer, que escreveu a trama de Homem de Aço (e contribuiu para a trilogia Cavaleiro das Trevas de Christopher Nolan). Diz-se que ele reescreveu grandes partes da versão final de Goyer.

Indo além, Terrio, que também tem um Oscar na prateleira graças a Argo, foi nomeado para escrever os roteiros dos encontros superheróicos que veremos em Liga da Justiça Parte 1 e Parte 2, que chegam em 2017 e 2019. Conforme os currículos de Affleck e Terrio continuam a aumentar, está ficando cada vez mais claro quem vai ser o foco do UEDC. E por outro lado, Henry Cavill ainda está brigando para encontrar seu caminho fora do papel de Superman, e o recente fracasso O Agente da U.N.C.L.E. não ajudou nesse aspecto (o que é uma pena, já que o filme, na verdade, é bem divertido).

Veremos como isso vai se desenrolar ao longo dos próximos anos, a começar quando Batman vs Superman: A Origem da Justiça estrear em 25 de março de 2016.

Fonte: CinemaBlend

sexta-feira, 4 de setembro de 2015

Da Polônia à China à... Jamaica? - Receitas de Sexta #20

Pão Frito Polonês


1 batata grande, o suficiente para fazer 1 xícara de purê
3-4 xícaras de água para cozinhar a batata
35g de fermento biológico
1 xícara de leite morno
3 colheres de sopa de açúcar
4 xícaras de farinha
1/4 de xícara de manteiga
1 colher de chá de sal
2 ovos
Óleo para fritar
Sal e alho em pó para polvilhar

- Limpe a batata e cozinhe-a na água
- Retire a batata, deixe esfriar, descasque e reserve a água
- Em um recipiente, misture o fermento, o leite e o açúcar e reserve até começar a borbulhar.
- Amasse a batata e meça uma xícara
- Misture a farinha com a manteiga, o sal e a batata amassada. Prove e corrija o sal conforme necessário.
- Adicione os ovos e a mistura de fermento.
- Usando a água de batata para controlar a consistência, faça a massa.
- Deixe a massa crescer em local aquecido, cobrindo-a com um pano úmido por aprox. 1 hora e meia, até que ela dobre de tamanho.
- Não sove a massa mais do que o necessário.
- Corte círculos de massa de 8 cm de diâmetro e coloque-os novamente para crescer
- Aqueça o óleo até ficar bem quente.
- Estique os círculos de massa até eles aproximadamente dobrarem de tamanho.
- Frite a massa até dourar, virando para cozinhar os dois lados
- Polvilhe o sal e o alho em cima dos pães

Arroz Frito Chinês


3/4 de xícara de cebola fatiada fina
2 1/2 colheres de sopa de óleo
1 ovo, levemente batido (ou a gosto)
3 gotas de molho de soja
3 gotas de óleo de gergelim
250g de carne de porco ou frango cozida e picada
1/2 xícara de cenoura fatiada fina
1/2 xícara de ervilhas
4 xícaras de arroz já cozido, frio
4 cebolinhas picadas
2 xícaras de broto de feijão
2 colheres de sopa de molho de soja light (ou a gosto)

- Aqueça 1 colher de óleo em uma wok.
- Adicione a cebola fatiada e frite até dourar, depois remova e reserve.
- Deixe que a wok esfrie levemente
- Misture o ovo com as gotas de óleo de gergelim e de molho de soja e reserve
- Coloque mais 1/2 colher de sopa de óleo na wok e mexa para untar a superfície.
- Adicione a mistura de ovo e, rapidamente, mexa a wok para que o ovo se espalhe e cozinhe contra as paredes.
- Quando o ovo crescer, vire do outro lado e deixe cozinhar levemente.
- Retire da wok e corte em pequenos pedaços
- Aqueça a última colher de óleo e adicione a carne de sua escolha junto com as cenouras, ervilhas e a cebola cozida. Frite por dois minutos.
- Adicione o arroz, a cebolinha e os brotos de feijão, misture bem e frite por 3 minutos.
- Junte o molho de soja light e o ovo picado e misture, fritando por mais um minuto antes de servir.

Bolo de Banana com Cream Cheese




Massa

1 1/2 xícara de bananas maduras amassadas
2 colheres de chá de suco de limão
3 xícaras de farinha
1 1/2 colheres de chá de fermento em pó
1/4 de colher de chá de sal
3/4 de xícara de manteiga
2 1/8 de xícara de açúcar
3 ovos grandes
2 colheres de chá de essência de baunilha
1 1/2 xícara de leitelho

Cobertura

1/2 xícara de manteiga
250g de cream cheese
1 colher de chá de essência de baunilha
3 1/2 xícaras de açúcar de confeiteiro

Massa:

- Pré-aqueça o forno a 190ºC
- Unte uma forma com manteiga e farinha
- Misture a banana com o suco de limão e reserve
- Misture a farinha, o fermento e o sal e reserve
- Bata a manteiga e o açúcar até ficar aerado e macio
- Misture os ovos um de cada vez, depois adicione a baunilha
- Adicione a mistura de farinha e o leitelho alternadamente
- Adicione a mistura de banana
- Despeje a massa na forma e leve ao forno por uma hora.
- Retire do forno e leve diretamente ao freezer por 45 minutos.

Cobertura:

- Bata a manteiga e o cream cheese até ficar liso.
- Adicione a colher de chá de baunilha
- Adicione o açúcar de confeiteiro e bata em velocidade baixa até misturar, depois em velocidade alta até ficar liso.
- Espalhe pelo bolo frio
- Decore com nozes picadas, se desejar.

quinta-feira, 3 de setembro de 2015

Gostosa De Biquíni Que Não Fala: Metal Gear V e Sua Piada Machista Ambulante - Quinta Jogando #25


Metal Gear Solid V: The Phantom Pain vai ser lançado em 1º de Setembro, e vai ser um grande dia. Eu tenho certeza que muitos de vocês vão entrar na fila perto da meia noite, enquanto outros já estão com o jogo pré-carregado para que, ao soar das badaladas, uma nova aventura com Big Boss possa começar. Mas Big Boss não é o único personagem que está recebendo muita atenção neste jogo. O outro é Quiet.

E não é só atenção positiva, não. A nova heroína de Metal Gear Solid V foi alvo de muito burburinho por causa de sua aparência. Alguns estão ultrajados, chamando de outro exemplo da objetificação de mulheres em videogames. Outros adoraram, porque ela é uma mulher atraente em uma roupa sensual que dá um pouco de variedade em um jogo em que todo mundo usa três camadas de roupa.

Para começar, Hideo Kojima disse uma vez que há um motivo para Quiet ter essa aparência no jogo. Sim, ela usa um top de biquíni em uma zona de guerra, mas o resto do seu vestuário não é tão estranho assim, comparado com o que já vimos mulheres em videogames usarem no passado. As mulheres de Senran Kagura lutam de calcinha e sutiã se tomarem dano o suficiente. O top da antiga Lara Croft não era o tipo de roupa que se usa para saquear túmulos. Isso é simplesmente uma continuação da tradição do fanservice, apesar de que sempre pode ser mais. Pode haver algum tipo de explicação para a roupa dela. Mesmo que seja ridícula, pode fazer sentido dentro da história.

E mais, há algo importante a se considerar. Quiet é uma parceira em Metal Gear Solid V. Se um jogador, por qualquer razão que seja, não gostar dela, é só não fazer ela trabalhar com Big Boss. Se você faz objeção à aparência dela, ignore-a. Kojima disse até que, baseado no comportamento dos jogadores dentro do jogo, alguns podem acabar nem encontrando ela.


Mas Quiet pode acabar sendo tentadora demais para se manter escondida, e eu não estou falando da aparência. Há tantas perguntas a respeito dela. Por que ela está sempre calada? Em todo trailer e outras informações divulgadas, ela nunca fala, só murmura, escreve e usa outros meios de comunicação. Foi mostrado que ela tem habilidades sobrenaturais, como velocidade sobre-humana. Como ela conseguiu tal poder?

Fazemos sempre questão de dizer para não julgarem livros pela capa, mas tão logo Quiet foi revelada e nós já começamos a julgá-la por sua roupa. Claro, vai ser necessária uma explicação muito boa do porquê ela está de roupa de banho em um campo de batalha, mas talvez ela exista mesmo. Se faz sentido com a personalidade e mentalidade do personagem, talvez um pouco de fanservice não faça mal.

Fonte: CheatCC

quarta-feira, 2 de setembro de 2015

Olhos Nos Olhos, Quero Ver O Que Você Diz... Quando Acabar Entrando Em Uma Bad Trip... - Quarta Científica #26


Esqueça o LSD: o bagulho do momento são olhos. Não para se consumir, claro, mas para se olhar fixamente para eles por um período elevado de tempo. Aparentemente, isso pode levar a estados alterados de consciência.

Essa intrigante descoberta foi feita pelo pesquisador de visão Giovanni Caputo da Universidade de Urbino, na Itália, mas ele já tem outras experiências com concursos de encarar. Alguns anos atrás, o cientista recrutou 50 voluntários e pediu que eles olhassem para seus próprios reflexos em um espelho durante dez minutos em uma sala pouco iluminada. Em menos de um minuto, a maioria deles já começava a viajar.

Seus rostos começaram a mudar e se deformar, tomando a aparência de animais, monstros ou mesmo de parentes falecidos; esse fenômeno foi nomeado, muito criativamente, de "ilusão do rosto estranho". Mas, ao que parece, esses efeitos bizarros se tornam ainda mais visíveis quando o rosto é o de outra pessoa.

Descrito na revista Psychiatry Research, o estudo de Caputo recrutou 40 jovens adultos e os separou em pares. Cada par, então, sentou em cadeiras em uma sala escura, a um metro de distância. A iluminação foi controlada para permitir que os participantes pudessem perceber traços faciais discretos, mas tivessem a percepção de cores reduzida. Metade dos participantes se sentou um de frente para o outro, olhando para as expressões neutras dos parceiros, enquanto a outra metade sentou de costas para os parceiros, olhando para a parede. Para ter certeza que os efeitos não fossem influenciados pela expectativa, os participantes não foram informados da natureza do estudo, só que incluiria uma experiência de meditação.

Depois de dez minutos, os participantes preencheram questionários sobre suas experiências na sala, que revelaram alguns efeitos bem interessantes. De acordo com a Sociedade Britânica de Psicologia, os membros do grupo que ficaram de frente uns para os outros descreveram niveis maiores de atenuação da intensidade das cores que o grupo de controle, e também que pareciam ouvir ruídos mais altos do que o normal. O tempo pareceu diminuir de velocidade e eles se sentiram divagando. Além disso, quase 90% dos participantes alegaram ter visto o rosto do parceiro se deformar, 75% viram seres monstruosos e 15% chegaram até a ver traços do rosto de um parente aparecerem no outro.

De acordo com Caputo, as sensações informadas pelos jovens são sintomas de dissociação, um termo usado para descrever um abandono da conexão de uma pessoa com a realidade. O mais interessante é que ele descobriu que os sintomas se relacionavam com deformações faciais, mas não com o aparecimento de rostos estranhos. Ele teoriza que essas alucinações, os "espectros de rosto estranho", podem ser uma consequência da volta brusca à "realidade" após entrar em um estado dissociativo causado pela falta de estimulação sensorial. Entretanto, até agora, isso contém muita especulação e parece contradizer outra possível explicação que Caputo tinha proposto.

Quando olhamos para um ponto central por muito tempo, elementos que estejam na periferia da visão começam, gradualmente, a desaparecer, um efeito chamado de "Efeito Troxler". Mas, se isso fosse explicar o que aparentemente acontece, então seria de se esperar que os traços faciais fossem desaparecendo, não tomando formas estranhas. E, como apontado pela Scientific American, se alguma informação visual estiver faltando, o cérebro preenche essas lacunas baseado em expectativas ou experiências.

Está claro que ainda temos muito a aprender sobre esses estranhos fenômenos, e Caputo foi o primeiro a admitir que seu trabalho ainda está engatinhando. Seria interessante descobrir o que causa essas estranhas alucinações, já que, apesar da baixa luminosidade ser necessária, ela não pode ser a única causa, já que o grupo de controle não sentiu os mesmos efeitos.

Fonte: IFLScience

terça-feira, 1 de setembro de 2015

Quase Oito Anos Depois, E O Cavaleiro Das Trevas Ainda Dá O Que Falar - Terça no Cinema #28


Eu dei uma olhada no histórico, fiz algumas buscas e não vi nada muito parecido com isso, mas eu peço desculpas se alguém já tiver criado uma teoria parecida.

O Coringa, apesar de ser um psicopata mentiroso, é o verdadeiro herói em O Cavaleiro das Trevas. Antes do Coringa, Gotham estava uma bagunça. Seções inteiras da cidade estavam isoladas devido à loucura, o crime organizado estava deitando e rolando e a maior parte das grandes figuras públicas eram extremamente corruptas. A cidade até mesmo tolerava um justiceiro renegado andando por aí em uma roupa de borracha (Nós sabemos que era armadura especial e fibra de carbono, mas eles não).

Entra em cena o Coringa e, depois de pouquíssimo tempo, quase todo o crime organizado foi eliminado, vários oficiais corruptos estão presos ou mortos e até o justiceiro da cidade se escondeu por oito anos. Tudo foi parte do brilhante plano do Coringa.

O que todos temos que perceber é que o Coringa, apesar do que ele mesmo disse, era mesmo "alguém que tinha um plano" durante o filme inteiro. A primeira coisa que vemos ele fazer é roubar um banco controlado pela máfia e eliminar a experiente equipe de assaltantes que ajudou a realizar o feito. E, claro, o objetivo não era o dinheiro em si, e sim para tirar Lau do esconderijo, de preferência usando o capital combinado das grandes famílias criminosas.

Isso funciona com perfeição e, como o Coringa previu, o Batman vai para Hong Kong "extraditar" Lau. Agora Lau está em um lugar seguro em que, coincidentemente, o Coringa pode entrar com facilidade. Claro que isso tudo faz parte do roteiro do filme, mas o Coringa dirige tudo de maneira espetacular, matando criminosos chave e oficiais corruptos que poderiam proteger os peixes grandes. Harvey Dent chega a argumentar a favor de proteger os chefões para que fosse possível limpar as ruas dos capangas rasos, mas o Coringa sabe que isso não vai funcionar a longo prazo.

Nesse ponto da história, só o que temos são 3 homens lutando pela "alma" de Gotham (de acordo com o Coringa), mas Dent e Bruce Wayne estão fazendo exatamente o que o Coringa quer. Isso vai até mesmo às ameaças dele de explodir o hospital. Com a ajuda de Gordon e do Batman, ele expõe vários policiais corruptos. Dent até chega a matar alguns deles antes do fim do filme.

A promoção de Gordon também fez muito bem para Gotham. Para muita gente, o Coringa batendo palmas quando Gordon é nomeado comissário é um ato de sarcasmo, mas eu acho que ele acreditava mesmo em Gordon, um dos poucos policiais da delegacia que se mostrou realmente incorruptível.


Então, agora o Coringa tem um caminho bem traçado para se livrar do crime organizado e dos oficiais corruptos, mas ainda há o justiceiro a considerar. Como vemos no início do filme, Batman estava servindo de inspiração para outros justiceiros, e a sociedade não consegue se sustentar quando todos fazem justiça com as próprias mãos. Este símbolo de medo e vingança sem pudores precisava ser impedido, mas não morto. Se o Batman fosse morto, ele seria um mártir, e seu símbolo continuaria vivo. E, sendo Dent um símbolo bem melhor da cidade, claro que ele seria um mártir muito melhor.

Eu não sei se o Coringa planejava que Harvey ficasse tão desfigurado depois da explosão da qual Batman o salvou, mas eu tenho certeza que ele queria que Harve sentisse todo o peso da morte de Rachel, razão pela qual ele dá o endereço errado para o batman. Ele sabe o que a morte de Rachel vai fazer com o psicológico de Harvey, e que o Batman eventualmente não teria escolha além de matá-lo. Isso quebraria o psicológico do homem-morcego, ao mesmo tempo que o transformaria em um vilão de verdade, daqueles que abandonam os próprios princípios. Agora, Batman não tem escolha além de desaparecer, deixando seus feitos se tornarem quase uma lenda urbana no início de O Cavaleiro das Trevas Ressurge.

Quando o filme seguinte abre, vemos um Bruce Wayne derrotado, que se aposentou oito anos antes. A cidade estava segura e pacífica (até Bane dar as caras), sem precisar de justiceiros de plantão para protegê-la. O Coringa mostra ao Batman o erro que ele estava cometendo, só que de um jeito completamente devastador.

Mesmo a cena com os dois barcos, no clímax do filme, só serviu para provar às pessoas de Gotham que elas nunca se virariam umas contra as outras. Ele provou que havia um pouco de bem até nos criminosos mais desprezíveis da cidade.

No final, Gotham está limpa de verdade. Não foi por causa de Harvey, que morreu cedo demais para fazer algo de bom, exceto como mártir, e não foi por causa do Batman, que, por oito anos, foi segregado e tratado como o criminoso que a maioria dos justiceiros tende a ser. Gotham estava segura porque o Coringa limpou as ruas. Ele eliminou a polícia corrupta, destruiu as finanças do crime organizado, ergueu a moral da cidade, e chegou até a eliminar a praga voadora que vinha piorando a corrupção da cidade desde que ele se declarou seu protetor.


Fonte: Reddit